Deo gratias - Fernando António Baptista Pereira, na orientação que nos deu**, fez-nos estudar um pouco sobre a estrutura do Saber na Idade Média; ou, melhor dizendo, sobre o Ensino e os seus conteúdos nessa época. Razão porque estamos a par do modo como funcionavam vários conhecimentos que hoje são repudiados, e que a nossa sociedade não quer aceitar: talvez por um «laicismo militante»....?
Enfim, temos algum conhecimento de como esses saberes, que eram o corrente e o quotidiano (dos mais informados), se articulavam e trabalhavam. E, até se pode dizer assim hoje: sabemos como propositadamente eles estão agora a ser esquecidos***.
Vejam e leiam todo o texto de António Rodrigues sobre a Vesica Piscis
(por exemplo em http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/52402.html)
Depois percorram também a imensa Iconografia dos nossos trabalhos (desde 2002) e os posts - de Primaluce e Iconoteologia. Vejam como as Argolas Entrelaçadas do túmulo de Egas Moniz, mas ainda antes em obras do século IV, eram (já) significantes. Sempre com o mesmo objectivo: exprimir a «Organização da Trindade», que - um dia (mais tarde), a Querela do Filioque e o chamado Cisma de 1054 - trouxeram aos Cristãos; sobretudo a partir de meados do séc. XI.
Por isso o Romanesque (i. e., o Românico dos Povos da Europa do Norte - os antigos Povos Germânicos, invasores do Império Romano) tem como principal característica o Entrecruzamento de Arcos: frequentemente associados às Janelas (e à Luz que é Deus).
E agora, completando ainda o post anterior, que foi dedicado à Casa Eucher Pereira (em Benaulim na Índia), fica o mote - i. e., apenas as argolas - de um vão da Casa que foi dos Condes de Castro Guimarães em Cascais.
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*http://primaluce.blogs.sapo.pt/164020.html
**Embora tenha desistido... Num episódio que a "História não há-de rezar".
***Se se desconhece a Cultura Visual do passado; se se atribuem a organizações secretas as imagens mais importantes, mas tão divulgadas (que se tornaram banais, estando até na cultura popular... ) ao serviço do sagrado e da religião. Assim apetece dizer que alguns reencontros - como está a acontecer desde 2009-2011 na nova Igreja de S. Francisco Xavier, no Alto do Restelo - esses «achados» são naturalmente geradores de imensas polémicas, e de paradoxos inacreditáveis, com os quais, estupidamente, alguns «vão embater»!
Mas este assunto ainda não cai aqui...
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