Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
23.5.21

Em dia de Pentecostes fará sentido - ainda hoje? - lembrar representações da Terceira Pessoa da Trindade que não são a (ou em forma de...) Pomba?

Mas que são representações geométricas, simplesmente abstractas e anicónicas**, e que por isso agora ninguém lhes reconhece algum valor significante; menos ainda o valor que tiveram outrora.

Embora sejam representações que se vêem com enorme frequência, repetidas e enfáticas, estando por exemplo na imagem seguinte, numa porta na cidade do Porto: no que nós vamos chamando "georgian portuense".

2012-07-21-Pentecostes-2.jpg

2012-07-21-Pentecostes.jpg

E mais ainda:

Em dia de Pentecostes poderá fazer algum sentido lembrar que, neste mesmo dia, em 1122, em Zamora, Afonso Henriques se armou a si mesmo cavaleiro? Ou fará sentido lembrar que Portugal nasceu quando estavam activíssimas as primeiras sequelas da separação Oeste-Este? Fruto das discordâncias teológicas a que Carlos Magno deu ainda «mais fogo», e que acelerou ao levar para Roma - que o tinha feito imperador do Sacro Império no ano 800 - a vontade de que o Filioque fosse proclamado no Credo (mesmo), durante a Missa.   

Poderá assim ajudar-se a perceber alguma da Iconografia mais corrente, e as «imagens simbólicas» que hoje aludem ao nosso país, mas que outrora foram sinais, específicos, dos reis de Portugal? 

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* Tema e título inscrito para Doutoramento em Ciências da Arte, na FBAUL em Maio de 2006

** Sobre imagens tradutoras do Filioque, ver no nosso estudo - Monserrate uma nova História, Livros Horizonte 2008 - página 40. Quanto a imagens anicónicas temos às dezenas (chegando talvez às centenas?) tendo sido recolhidas para o que seria o doutoramento em Ciências da Arte, na Fac. de Belas-Artes de Lisboa. O tal que «teria sido, mas não foi» à conta dos boicotes de dois grandes catedráticos da Universidade de Lisboa. Grandes sim, ou seja maiores e enormes, sobretudo nos nobres atributos que são mais próprios de invejosos e medíocres.

E se um desses - Vítor Serrão - diz que ainda não escrevemos (o que ele não leu... portanto não deve saber ler?), e que por isso «manda vir», num tom que fica mesmo bem ao responsável do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras:

"Venha a terreiro, venha, venha! Apresentar as suas ideias, ... que são tão interessantes..." 

Já o outro, Fernando António Baptista Pereira, igualmente escalabitano (e ambos impregnados, ainda, dos resquícios de um marialvismo antiquado, jurássico e mal-disfarçado), repetiu-nos inúmeras vezes; tantas quantas as que conseguiu não ser pontual, ou nem sequer cumpriu os compromissos e as reuniões por ele próprio agendadas:

"... Não vai fazer uma História da Arte! Não vai fazer uma Historia da Arte!... Escreva sobre templos: escreva sobre o templo da pintura, o templo da fotografia, o templo do livro..." 

E assim, nestes estilos tão sui generis, ambos nos demonstraram como podem ser acolhedoras - essas instituições que se designam por Centros de Estudo e de Acolhimento: as instituições prontíssimas (como se vê) ao serviço do Saber.

Um Saber ou o Conhecimento que, é sabido, também se apresenta em geral como algo que é frágil, por vezes instantâneo e fugaz. Saber, quiçá, dificílimo de captar e de explicitar, arranjando para ele novas áreas e novas nomenclaturas (articuladas com tudo que já é conhecido). Como é por exemplo a Iconoteologia, de que um dominicano de Florença, escreveu. E na qual, é impossível não ver também, a enorme ligação que existe com a Heráldica. 

Saberes que eles, os tais PROFs super-dotados - muito acima de todos os alunos - por um lado ainda não captaram. Mas dos quais, se os cheiram no ar, então eles já têm logo as ideias mais perfeitas, as mais acabadas e as mais completas, daquilo que devem ser...   

link do postPor primaluce, às 16:00  comentar

18.6.20

30.6.2017-Portalegre-B.jpg

 

HOJE, a propósito de círculos, e de imagens emblemáticas, estamos a encontrar materiais de 2003, que, só em parte puderam entrar no trabalho dedicado a Monserrate.
Já que, na Faculdade de Letras investiga-se Arte, mas não é suposto poder apoiar as ideias com desenhos...


Menos ainda, com desenhos de origem geométrica! Abstractos...?


Ora a tonta:
Que é lá isso*?
Vê-se logo que é arquitecta! Saber ler imagens como se fosse uma língua**?

 

Porém - e agora vem a história mais longa -, acontece que o post que está no facebook {em https://www.facebook.com/gloria.azevedocoutinho.7/posts/875393426299924}, começou por aqui:

na sequência das imagens seguintes

 

caminhosDeUmaIdeia.jpg

Porque, ao olharmos a sobreposição de círculos sobre a fachada de Monserrate, começámos a pensar na «elegância» que é - visualmente -, esta intersecção dos círculos: já não toda, mas principalmente na sua parte inferior... Quando se eleva e também parece um cálice.

 

Foi quando nos lembrámos que esta mesma imagem (e sabemos disto desde 2003) está no Palácio da Vila, em Sintra, num remate azulejar:

 

Image0068-aSINTRA-PAL.DA.VILA-F.jpg

 

Naturalmente, da imagem mental - já há mais de 15 anos prontinha, na cabeça - daí, à possibilidade de fazer a experimentação/verificação (como tem sido sempre a nossa metodologia de trabalho); obviamente que esse passo - hoje, com algum tempo -, se resolveu num instante.

 

Porque, como os arquitectos podem verificar nas imagens seguintes, algumas intersecções estão «levemente alargadas»: o que não tira, minimamente, a validade às teorias que defendemos.

Apenas mostra, e valoriza, o imenso rigor geométrico com que os antigos trabalhavam

SINTRA-PAL.DA.VILA-AZULEJOS-BASE-GEOMÉTRICA.jpg

SINTRA-PAL.DA.VILA-SCALA&IPPAR.jpg

 

Por fim, e dado que não é a primeira vez que expomos esta questão (até porque rende mais fazer este tipo de análises no Facebook, do que em qualquer Universidade portuguesa...), na imagem seguinte está a sobreposição do esquema geométrico (rigoroso e anicónico), posto sobre as imagens icónicas. Ou, será que devemos dizer naturalistas (?). Imagens que permitem à maioria*** ler, e assim compreender, que se trata de uma representação da Trindade.

 

Filioque-SobreposiçãoIcónico+Anicónico.png

 

 

Por fim, as conclusões?, são para quem as quiser tirar...

 

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*Isso, é a necessidade de proteger o que nos pertence:
A prova de que muitas obras são/foram ICONOTEOLOGIA


**Outra «tontice absoluta», só pode ser: defender que as Neurociências e a Linguística têm alguma coisa a ver com ARTE!

 

***E, acrescentemos a essa maioria, os PROFs doutores do IHA da FLUL, que são os grandes especialistas de História da Arte, quem melhor lê, sobretudo imagens concretas e explicítas. Já que, ... abstracções? Não, isso não é com eles...

 

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Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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