Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
12.2.21

Assim, com este título - porque é o que se passa - desta forma damos continuidade ao post anterior

Mas damos também continuidade ao que encontrámos no Facebook, em Lisboa Mítica, num post da autoria de Paulo Nogueira.

Aí deixámos logo um comentário, e depois ficámos a pensar ainda mais nesta questão.

Aliás, isso passa-se na Arte e também se passa na Ciência: há assuntos que não somos nós que trabalhamos neles; que os estudamos e que os investigamos. Ao contrário, um dia descobre-se que são eles que trabalham em nós...

Nos nossos posts no facebook, aqui em Iconoteologia e também em Primaluce, a questão do Filioque, já por diversas vezes (que são imensas) a abordámos. 

Tal como, pela primeira vez, quando a encontrámos ao estudar Monserrate. Está no nosso livro onde a podem encontrar em várias páginas. Por exemplo pesquisando por aqui (pois são sete as páginas onde o termo foi usado). 

Ou se preferirem, comprando o livro.

Mais: nunca lá teríamos chegado - a toda esta questão teológica, que se torna fantástica e muitíssimo entusiasmante (sobretudo quando a vemos estampada e construída nas mais variadas obras), - se não fosse o briefing da nossa orientadora para os estudos de Mestrado*: "Você só pode perceber Monserrate. se perceber as Origens do Gótico."

E agora para resumir, voltando ao post de Paulo Nogueira, nele encontrámos  um desenho do 15º rei de Portugal,  que foi D. João III.

É a figura seguinte:

D.JoãoIII-D.bmp

E depois neste desenho um detalhe que já conhecíamos - a imagem de dois círculos entrelaçados - como se fosse feita a partir de ramos e elementos vegetais, a qual não poderia (nunca) escapar-nos. Ou sermos insensíveis à sua presença  :

D.jpg

É a memória a «colaborar», por existir, muito semelhante, no retrato seguinte do Infante D. Henrique. 

Imagem que - quer pela divisa do Infante, "talent de bien faire", quer pela presença dos entrelaçados - também já nos tinha fascinado e um dia obrigado a escrever sobre ela

O tempo o dirá! Alguém há-de estudar e confirmar tudo isto, que é, já agora, demasiado lógico e demasiado importante, para os profs/doutores da Universidade de Lisboa continuarem «a fazer vista grossa»**.

Para nós tratam-se de insígnias, da nobreza e da realeza, que, quando foi necessário - e com a mesma lógica com que acontece noutros estilos, e noutras culturas - as imagens da caligrafia, ou de esquemas gráficos, ganharam tridimensionalidade e passaram a ser elementos construtivos e detalhes arquitectónicos.  

talent de bien faire-300ppp.png

* Os tais estudos em que uns grandes doutores do IHA da FLUL se acharam no direito de tratar a aluna como aquela criança a quem se diz -"olha, vai ali ver se chove?" 

** Embora, por outro lado, também não seja uma enorme surpresa esta incapacidade de ver, de quem não foi treinado para isso... 

link do postPor primaluce, às 19:00  comentar

 
Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
Fevereiro 2021
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