Foi em Jacques Le Goff, e especialmente no seu trabalho Em Busca da Idade Média, tradução portuguesa da Teorema, Jan. 2004, que encontrámos as mais importantes informações sobre a questão do Filioque.
E foi na nossa tentativa de a compreendermos que usámos esquemas, e chegámos à Mandorla e ao Arco Quebrado. É também da autoria de Jacques Le Goff a ideia de uma Idade Média que chegou ao século XVIII: e com esta sua ideia terá aberto caminho a outros?
Foi reconhecido e premiado, como consta na noticia do Público*:
"Em 2004 recebeu o prémio de história Dr A.H. Heineken por “ter modificado de forma fundamental” a percepção que tínhamos da Idade Média."
Será que A História da Arte no Ocidente de Martin Kemp já lhe deve (não sabemos) a organização e um índice inovador? Em que o período de 410 a 1527 é designado, genericamente, como o do "Estabelecimento de uma Cultura Visual Europeia".
Em suma a ideia que hoje defendemos, de uma génese religiosa da Arte Europeia - a que chamamos Iconoteologia - não é senão o (nosso) encadear dos contributos que recolhemos em vários autores.
E a Jacques Le Goff ficámos a dever imenso...
Concretamente o significado da imagem acima: muito antes de o termos lido em João Pedro Xavier e Domingos Tavares. Vindo de António Rodrigues, Renascimento em Portugal, Dafne Editora, 2007 (ver p. 105)
*http://www.publico.pt/cultura/noticia/morreu-o-historiador-jacques-le-goff-1630555
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