Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
20.1.25

Sinais do Espírito Santo na Arquitectura posterior ao Cisma de 1054, foi o tema (e o título) que propusemos, em 2006, à Fac. de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, para investigar.

E assim, como é normal, com os resultados do que iria ser esse trabalho de estudo e de investigação, prestando as devidas provas, iríamos adquirir depois o grau de doutor, como pretendido pela instituição onde já trabalhávamos desde 1976 (*).

Alguns anos depois, e não tendo sido possível concretizar a obtenção do grau académico - apesar do imenso que estudámos, e de todos os materiais que foram reunidos - encontrámos on line, num longo documento, uma referência ao nosso trabalho.

Está no excerto seguinte, de que ampliámos a linha inferior de uma das páginas, e aí vêem - bem legível -, a designação que inventámos, e que a FBAUL aceitou (sem objecções...) 

Doc-ucp.jpg

Agora, na Internet, se voltar a procurar o título que em 2006 escolhemos "Sinais do Espírito Santo na Arquitectura posterior ao Cisma de 1054", como resultado da pesquisa  (ver aqui)  aparecem-nos muitos dos Impérios açorianos: i. e., as pequenas capelas onde decorrem, e se guardam os mantimentos, para as Festas do Espírito Santo e entronização dos Imperadores.

Só que «isto», que aparentemente a Internet e os motores de busca nos fornecem, parece que de forma automática (!),  são também alguns dos resultados a que, muito surpreendentemente, nós chegámos.

Note-se que no Palácio de Monserrate - a investigação de onde partimos em 2001 (e a razão de termos investido tanto a querer «desvendar o estilo gótico») -, muitas das formas arquitectónicas, têm grandes semelhanças com as dos Impérios dos Açores.

O mesmo se podendo dizer da arquitectura italiana, e mais ainda a de Veneza: em que os pontos de contacto e as semelhanças com os Impérios açorianos é bastante grande.

E por fim, acabamos este post com mais uma curiosidade: no cimo da imagem que aparece no ecrã, volta a aparecer a designação que tínhamos escolhido, para o título e tema-base da investigação.

Mas agora são vídeos alusivos ao tema: mais virados para o Cisma, como se vê... 

SinaisDoEspiritoSanto.jpg

(*) Curiosamente reentrámos e frequentámos o antiquíssimo edifício da antiga Biblioteca Pública 30 anos depois de aí termos obtido a licenciatura em Arquitectura. Na que tinha sido ESBAL, e agora é FBAUL.

link do postPor primaluce, às 22:30  comentar

18.1.25

Concretamente dentro deste nosso computador. Mas também dentro de alguns livros menos conhecidos e divulgados: que, por não entrarem em listas bibliográficas específicas - por exemplo as de História de Arte - depois também não conseguem participar de um Saber que deve (deveria !) ser multidisciplinar 

 

Quando nos propusemos a fazer na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa um doutoramento intitulado "Sinais do Espírito Santo na Arquitectura", em boa parte sabíamos ao que íamos. Mas não podíamos prever que iríamos encontrar sucessivamente, e sempre cada vez mais - crescentemente - novas informações (*).

O que ainda hoje acontece levando-nos à escrita deste novo post.

E vem para aqui agora - para ICONOTEOLOGIA - porque se tratam de Ideogramas da Teologia Cristã. 

Como desde 2005-6, queríamos provar na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, a génese de muitas das formas, vocábulos e imagens (tradutoras de ideias) do Cristianismo, presentes na Arquitectura do mundo ocidental.

Quando há alguns dias reparámos na imagem do Ideograma seguinte,  foi também o título e o tema (do nosso doutoramento) de que de novo nos lembrámos:

Image0232-2.jpg

Note-se, que para o autor deste livro (**), e como está no texto acima, o semi-círculo intercalado no meio da barra horizontal, significa o Espírito Santo, representado pela Pomba. 

Embora para nós haja várias diferenças, ou nuances, relacionadas com o que aparentemente terá sucedido (ao longo do tempo).

Assim aceitamos o Ideograma acima para marcar a Igreja cristã; mas (apenas) a primeira Igreja, a paleo-cristã. Porque se assiste depois, pelo que vemos nalguns exemplos, ao evoluir do que foi um «modo de sinalização»:

Pelas imagens que em geral nos chegam, vê-se que em obras ainda Românicas e depois na arquitectura Gótica, passa a ser a Mandorla, a nova forma, ou o sinal preponderante, para aludir ao «espírito cristão»: i. e., ao Espírito Santo.

E depois desta, foi o Arco Quebrado, e com ele também a Cruz em Aspa e as Ogivas, que passaram a «sinalizar» - para efeitos de informação visual - a Arquitectura Cristã. 

Com o evoluir e estabilizar das «ideias» que passam a vincular o mais essencial do Catolicismo (o conceito de Filioque, oposto ao Perfilium que ficou associado aos ortodoxos orientais), no Ocidente, e com maior destaque para França, instala-se na arquitectura aquilo a que hoje é chamado estilo Gótico.

Esta evolução que acabamos de descrever em grandes linhas, para as formas empregues na arquitectura, baseia-se nas nossas observações. Onde exemplos como os das imagens seguintes - placas votivas que fotografámos no British Museum - nos foram (são ainda) de enorme utilidade.

Repare-se na imagem seguinte: a inserção de um Arco - Sinal de Deus (o Arco-Íris posto na nuvem) - no centro de um Frontão Triangular  

placaVotiva-BritMuseum-4 (2).jpg

E como depois (na segunda imagem) a Arquitrave do referido frontão foi interrompida, para inserir um Arco. Embora não sendo um semi-circulo, é claramente um Arco. 

E nesta evolução, sabendo todos nós o que aconteceu, dir-se-ia que podemos ver a passagem da Arquitrave do templo pagão, à peça que vários séculos depois foi chamada Arquivolta ... do templo cristão.   

placaVotiva-BritMuseum-5.jpg

Por fim a terceira imagem é a de uma Patena em que Cristo distribui o pão da comunhão.

Nesta terceira edícula confirmamos a inserção do semicírculo na Arquitrave. E a preencher esse espaço uma Concha que foi marca dos (e também se associa aos) primeiros cristãos: os que eram baptizados, como Cristo, tinha sido baptizado por João.

O episódio relatado na Bíblia, que passou à pintura (como em geral é conhecido), e ao qual se associa, a presença do Espírito de Deus, representado pela Pomba.  

communionPaten-5.jpg

(*) Assim como não podíamos prever o crescente desinteresse do nosso orientador, talvez proporcionalmente à quantidade das novas e muito evidentes provas, que não paravam de aparecer, a  corroborar as nossas ideias e teoria.

(**) Symbols Encyclopedia of Western Signs and Ideograms - por Carl G. Liungman, (1995), ed. HME Publishing, Stockholm, Sweden.

link do postPor primaluce, às 23:00  comentar

 
Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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