Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
30.6.19

No ultimo post que aqui escrevi, na capa de um livro de Mark Gelernter são notórios os Losangos nas faces da Pirâmide do Louvre.

 

Obra que é da autoria de Pei, na qual não vislumbramos alguma razão. relevante, para esse emprego... A não ser a resultante de alguma tradição europeia, principalmente a inglesa (?), em que, frequentemente, os losangos são empregues, talvez por razões visuais/estruturais; ou só pelo hábito e pela tradição? Sem que os respectivos autores tenham algum dia aprofundado os seus "motivos". Isto é as razões originais, que depois levaram a um uso repetido*? (perguntamos) 

 

Um emprego, quiçá, ao nível «das reminiscências» como se lhe referiu no século XVIII William Kent. pressentindo um sentido antigo que teria existido, mas que ele não saberia concretizar.

 

E escrevemos isto no condicional, admitindo ter razão, mas sem certezas. Já que não conversámos com William Kent - o sábio e versátil arquitecto inglês que (à distancia) muito admiramos!

 

Mas enfim, voltando ao título, temos que explicar ter encontrado uma fotografia muito bonita (de 2016, pertencente a Jorge Maio) do Palácio dos Condes de Basto em Évora. Imagem que nos levou a escrever o texto que agora se transcreve:

 

"É verdade acabei de (re)publicar agora mesmo um post que é de alguém certamente inspirado e sensível, mas desconhecedor de informações a que cheguei nas minhas investigações, primeiro de um mestrado e depois daquilo que seria um doutoramento...
Seria mas não é, porque encontrei informações boas (de mais) para um Ensino Superior que se despromove em cada dia que passa.
Enfim, nunca fui ao palácio dos Condes de Basto, em Évora, mas sempre que encontro fotografias deste tecto fico, verdadeiramente, fascinada:
Porque é uma das óptimas provas de que as ogivas foram/eram sinal de Deus e depois sinal nobreza; i. e., «a história» do direito divino, de uma categoria social ou de uma classe que se sentia sagrada... Prosaicamente, aquilo que veio a ser dito, já nos nossos tempos, como característica das «pessoas de sangue azul».
Claro que a sociedade evoluiu imenso, e hoje estas categorias perderam-se/esqueceram-se e já não têm o valor que outrora tiveram.
No entanto, só sabendo da sua existência, no passado, e como há séculos foram muito relevantes, podemos agora compreender aquilo que foi - aprendi com o Vitor S. esta designação - um PROGRAMA ESTÉTICO:
Claramente diferente do que é um programa funcional, esse programa estético geralmente estava na base e presidia à feitura de composições como esta (1).
No ínicio do século XX o engenheiro-arquitecto italiano Pier Luigi Nervi reutilizou esta iconografia (porque na base é disso que se trata) criando estruturas de betão-armado de enorme interesse visual.
~~~~~~~~~~~~
(1) Como é também exemplo o tecto da igreja do Senhor Jesus de Barcelos de João Antunes, que domina toda a geometria dessa composição arquitectónica."

 

Tudo isto podem encontrar aqui,  mas também podem procurar com as tags losango. primaluce, iconoteologia. Ou indo directos a este exemplo.  As escolhas são várias, visto que o losango e o quadrado, por razões diferentes, não deixaram de ser empregues

 

* "Motivos" como lhes chamava Robert Smith, e não ornamentos como a maioria escreve, ou ainda elementos decorativos; sendo que ideogramas é como nós preferimos designar. Constatando que Kubler - segundo Horta Correia - designava estes elementos que se vêem com tanta frequência como invariantes. Palavra que faz bastante sentido (pensamos nós), por conter a ideia de que o estilo poderia variar, mas que algumas formas se mantinham sem mudanças.

 

link do postPor primaluce, às 00:00  comentar

 
Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
Junho 2019
D
S
T
Q
Q
S
S

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28
29



tags

todas as tags

subscrever feeds
blogs SAPO