Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
13.4.18

Porém, foi Kepler (no século XVII) que provou que as órbitas dos Planetas não eram nem Circulares nem Ovais, mas sim Elípticas.

 

Deste modo contrariando a Cosmologia antiga, aristotélica/ptolemaica,  segundo a qual a Terra era o Centro do Universo. A visão que, como é sabido, perdurou até Copérnico, que defendeu e provou o heliocentrismo...

 

É ainda interessante - ver no primeiro link que acompanha este post -, que se atribui a Kepler a noção (matemática) daquilo que é o Foco da Elipse, a partir do qual se desenha.

 

 Seguem-se imagens que explicam as formas resultantes da intersecção de uma superfície cónica, por planos em diferentes posições: o círculo, a elipse,parábola e a hipérbole. As mesmas referidas no post anterior, mas aqui melhor desenhadas**.

Image0017--.jpg

 

Image0017-a.jpg

Image0017-b.jpg

Muitos perguntarão porquê esta insistência nossa, na Matemática, na Geometria, na Astronomia, a par dos conhecimentos de Teologia e de Arte...

 

Só que (provavelmente não o sabem), quando Copérnico e Kepler tornaram explícitas as suas teorias, então já toda a IDADE MÉDIA (e nos períodos históricos anteriores) se tinha usado e abusado do círculo, e de círculos de diferentes tamanhos e em diferentes associações, para desenhar conceitos e dar explicitações (as mais clarificadoras possível) sobre o Deus Cristão.

Especificamente em esquemas feitos para explicar (e depois correntemente para servir de alegoria ou como representação de) a Trindade; como há dias aqui se mostrou, e hoje ampliamos

PensamentoVisual-Trindade.png

Num próximo post vamos evidenciar como vários (e diferentes) Arcos da Arquitectura dos chamados estilos históricos tradicionais e antigos (por exemplo no Claustro do actual Museu Condes de Castro Guimarães, em Cascais) nasceram da esquematização - no desenho a amarelo que foi sobreposto à imagem... - da noção ou ideia da Trindade Cristã.

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*Como se explica aqui. Mas depois de Kepler serviu - como várias outras formas antes vinham a servir - para representar várias ideias alusivas ao Cristianismo

**Vindas de George Hersey que explica a presença da Elipse em várias obras de Arquitectura. Quanto aos diferentes planos, que geram o círculo, a elipse, a parábola e a hipérbole, veja-se que no primeiro caso é um plano de nível que passa perpendicular ao eixo de rotação da superfície cónica. No segundo é um plano oblíquo qualquer, desde que corte todas as geratrizes da referida superfície. No 3º caso a parábola resulta do seccionamento por um plano paralelo a uma geratriz. E por fim - no 4º caso - a hipérbole resulta da intersecção da superfície cónica por um plano paralelo ao eixo de rotação (e também paralelo ao plano formado por duas geratrizes, que vão ser as assimptotas da hipérbole).

Note-se que se estas informações e conhecimentos não são próprias para a Internet, e na verdade também já deixaram de ser apropriadas para escolas ou estabelecimentos de ensino superior... Provavelmente são informações que deixam de ser «cultura geral», a normal de um arquitecto, engenheiro ou designer, passando a ser erudições recônditas, e raríssimas, que existiram nas gerações mais antigas, e morreram com elas? Tudo nos leva a crer, que assim aconteça, até porque neste nosso blog, não é de Portugal mas sim do Brasil que vem o maior número de visitas. O que é incrivelmente motivador!

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9.4.18

... nem ao Menino Jesus, como mostram os historiadores de arte

 

Ou seja, do Harmonices Mundi de Képler a um sphere packing que para muitos pode ter tudo a ver com Design*, há muito mais.

 

Para já há a Elipse que J. Kepler percebeu ser a forma da órbita dos planetas (e que é diferente das ovais como já se escreveu).

 

Claro que tudo isto precisaria de explicações ao vivo, feitas no quadro, com texto e desenho, e com os interessados a acompanharem, mentalmente e passo-a-passo, as referidas explicações.

 

O que podemos fazer é isto, como na sala de aula, desenhado no quadro. Depois, compreendam (e memorizem), para que mais tarde vos possamos deixar outros dados (muito mais completos e complexos) vindos de quem sabe bem mais do que nós:

Elipses.jpg

Elipsesdesenho.jpg

Ou seja, informações de autores que com vários exemplos ligam o novo desenho - que passou a ser conhecido depois de Képler (com as órbitas celestes que antes eram supostas serem circulares), com novas opções arquitectónicas.Isto é, com novos designs da arquitectura, para o tempo em que se passa a saber que as órbitas dos corpos celestes (então as dos planetas à volta do sol) são elipses.

 

E assim, ao usá-las, sempre e continuadamente as referidas órbitas estiveram presentes - não deixando desta maneira de ser mencionado o Céu (através do novo desenho dessas órbitas**). O que sucedeu de acordo com uma tradição que era antiquíssima, e talvez constante, no desenho ou projecto das obras arquitectónicas.

 

Quer se tratasse do seu desenho geral, quer fosse, por exemplo, na configuração em pormenor de muitos dos elementos  que integrantes dos espaços arquitectónicos. 

 

Claro que a descoberta da Elipse, num tempo em que a presença de Deus no Universo - e sua criação (visto como o Criador de toda a realidade) - era praticamente indiscutível. Então, concluindo, naturalmente e como coisa óbvia essa forma nova (a Elipse) passou à Arte.

 

À Arte que ainda por cima era quase sempre (ou exclusivamente) uma referência apologética ao divino, a Deus...

Elipse-e-projeccão.jpg

Por isso esta fotografia feita no Claustro da Sé de Portalegre, onde as duas setas apontam duas elipses, e não ovais (como já se explicitou, e para que as duas figuras geométricas - que podem ser confundidas não o sejam).

 

Mais: como se vê são elípticos os vãos abertos, nos panos de parede da parte superior deste Claustro. Vãos por alguns chamados Espelhos, e que alternam com Fogaréus.

 

Num e outro caso (Espelhos e Fogaréus) como se tem escrito, eram referências a Deus

 

*Mas ainda perguntamos, pois, aliás, só a ignorância (parece) é que reduz a nada isto: o tudo que tem a ver com Design, e antes com a História da Arquitectura. Uma história que, podemos aceitá-lo, tendo nascido antes do Design, também o preceda em importância

 

**Lembre-se o Demiurgo de Platão, como Artesão ou Construtor do Universo. De um Universo que se relaciona com a Cosmologia, com o Urbi et Orbi (i. e., a Cidade e o Mundo); ou também o Alfa e Ómega. Que sendo a primeira e a última letra do alfabeto, como de A a Z, se referiam à totalidade que é (era designado como...) Deus. E lembre-se também, complementarmente (ou em simultâneo), André GRABAR, e o que escreveu sobre as representações visuais dos visigodos em Toledo.

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Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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