Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
14.4.17

De há uns tempos...*, habituámo-nos a constatar que não há coincidências. Menos ainda meras (ou únicas) coincidências.

É que na verdade, quando se vai à procura - e em geral logo se encontra (é o que se tem passado connosco, quando questionamos e tentamos averiguar); em geral verificamos que há, sim, origens comuns, para imagens que se nos apresentam com semelhanças visuais, totalmente inesperadas.

Ou seja, não é acaso, como podem parecer as duas imagens seguintes (a que se acrescenta, depois, ainda um detalhe da primeira). Reparem:

l. sullivan-chicago.jpg

(legenda)

ChaletBarros-Tamariz.jpg

 (legenda)

l. sullivan-chicago-detalhe.jpg

 (detalhe)

E tendo observado, inclusivamente, esta última imagem, verifica-se que para além dos skyscrapers de que Louis Henry Sullivan foi importantíssimo adepto, tendo contribuído para uma imensa mudança, não só da História da Arquitectura, mas da história, do clima e da ecologia das cidades. Verifica-se também que a inserção de elementos antigos, para si, não teria que consistir apenas em inserções (ou integrações) de ordem superficial...

Sabe-se que integrou esses elementos, antigos e ornamentais, pois para si, as grandes superfícies - que ao longe aparentam ser lisas, afinal receberam (imprimiu-lhes) decorações variadíssimas (que se vêem de perto); e, aconteceu, que agora - pelo menos para nós - algumas outras informações, «fizeram faísca»:

I. e., «a questão dos esoterismos», ou alguns segredos que para muitos estão/ficaram plasmados nas obras arquitectónicas, pela primeira vez aconteceu-nos tê-la encontrado.Deixaram de ser palavras e expressões que eram atiradas, sem mais; mas que agora já passamos a poder ir investigar, agarrando-nos a alguma coisa...

Assim, as temáticas de um doutoramento (o nosso!) que têm estado entre «encalhadas e repudiadas» - já que quem nos orientou, quando percebeu ao que estávamos a chegar "meteu o rabinho entre as pernas..." Ou, dito mais bonito, "deu às de Vila-Diogo". Portanto, e agora ainda com mais infos de Henry David Thoreau, talvez consigamos fechar o ciclo que «um certo orientador» tanto temeu: A História da Arte (ou da Arquitectura), que ele  tanto receou que pudesse um dia surgir!

Para nós o ciclo fica completo: o que vinha desde uma Kalokagatia, que, parece, poderia ser homérica na sua origem (?)**; e que depois, em sucessivas transformações ocorridas durante mais de dois milénios, se foi esbater (findar ou perder a maior força), no contexto de um cristianismo protestante, colonial, nos EUA.   

Por fim - e está a pergunta no título - claro que toda esta evolução, continua a mostrar-se como uma Iconoteologia...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Talvez de há 15 anos até hoje?

**Ver em História da Estética, Raymond Bayer, Estampa, Lisboa 1995, p. 27.

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11.4.17

A imagem seguinte exprime bem, por isso a desenhámos em Janeiro de 2013, aquilo que a UL (e outras entidades igualmente «responsáveis»*), entenderam fazer às descobertas que sucessivamente fomos realizando.

gentinha de punhos de renda(4).jpg

(legenta)

 

Primeiro (2001 a 2005), orientada na Faculdade de Letras, por uma Professora que decidiu que deveríamos conseguir explicar a arquitectura do Palácio de Monserrate a partir das origens do Estilo Gótico. Isto é, a partir das invasões, por povos germânicos, no Império Romano (do Ocidente), ocorridas, principalmente e com maiores fluxos, durante o séc. V d.C. Invasões que ainda agora continuam a ser consideradas uma das causas da queda do Império romano, em 476.

Depois, numa 2ª fase, de 2006 em diante, e estando nós a fazer as necessárias investigações para os estudo do doutoramento que nos propusemos desenvolver; tendo portanto uma maior autonomia, mas ainda assim acompanhada por um outro professor orientador que, felizmente, nos foi dando mais informações [e desse modo nos permitiu que entendêssemos como diferentes e sucessivos ideogramas estiveram na origem de várias das formas geométricas (abstractas) da arquitectura antiga e tradicional]. Aconteceu nessa 2ª fase (em que ainda estamos...), que, crescentemente, várias surpresas - como sucessivos novos conhecimentos, sempre a surgirem (de todos os lados, e a encaixarem bem nos dados objectivos, anteriores, históricos e já conhecidos). Desde então sucedeu que, constantes e consecutivamente imparáveis, muitos novos dados surgissem, obrigando-nos a que passássemos a ter em conta uma nova historiografia.

A qual, na nossa mente, passou ela própria, «a auto-definir-se»**, substituindo, sobretudo ao nível de alguns detalhes e pormenores mais relevantes, as Histórias que nos tinham sido ensinadas. 

Foi então, por coincidência, que começámos a reparar, que o nosso orientador dos estudos de doutoramento, parecia estar cada vez mais mal-disposto, e ainda com comentários repetitivos, que até então não tínhamos ouvido (?!):

"Não vai fazer uma História da Arte...! Não vai fazer uma História da Arte...! Não vai fazer uma História da Arte...!" 

Até que, claro que este discurso deixou de ser som e sensação incomodativa, obrigando "a cair na real":

A atingir a percepção, do que para ele se estava a passar!

Até que, enfim, lá compreendemos o mal-estar, a indisposição, e a indisponibilidade: i.e., a falta de profissionalismo, etc., etc.

A própria FCT, ainda em 2006/07 tinha referido (carimbado!) os estudos como sendo Esotéricos. Provavelmente, e como todos fazem, atirando uma palavra cujo cabal conhecimento, como temos detectado, quase ninguém conhece...

Só que, mais uma vez avançámos e na nossa biblioteca preferida (BAQ) finalmente encontrámos algo mais.

Havemos de escrever sobre o tema - surgido, quiçá no final do século XIX? - já que antes, pelo contrário, o que agora uns chamam, ou insultam (?) de Esotérico, tratou-se de Iconografia que era desejada para estar presente (plasmada/embebida) nas edificações.

Até lá - e para já (ver abaixo) - ficam várias imagens do Tratado de Arquitectura de André Félibien, Sieur des Avaux. Desenhos que, como escreveu, era suposto serem empregues nos vidros - "verreries", dos vãos e janelas dos edifícios.

Levámos muito (demasiado) tempo até chegar aqui***. No entanto, todo este tempo foi de enriquecimento pessoal: solitário, é verdade, porém, um tempo de enorme enriquecimento! Deo gratias...

As Escolas e o Ensino Superior (da UL e do país...) podem querer apodrecer com as suas visões arrogantes, altaneiras e medíocres? Pois que fiquem, assim, por muitas mais décadas!

É o que se deseja ao ensino melhor de todos os tempos, como auto-propagandeiam «essas melhores escolas»...

 

(Imagens e legendas, ver maior dimensão)

 

*Na sua obrigação de acolher e apoiar o nossos estudos de mestrado e depois de doutoramento.

**Isto é, a História passou a ser bastante menos aquilo que nos dizem (ou disseram ao longo do tempo), passando a ser o que estamos a encontrar!

***Mais precisamente até aparecer o adjectivo Esotérico: vindo, ou associado por algum autor/arquitecto, ao (seu) discurso teórico, integrado na arquitectura.

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8.4.17

Inspirada em ideias alheias, muitas e variadas que vão por aí - sem se saber exactamente de onde vêm? -, gostávamos que a nossa presença aqui (redes sociais) fosse semelhante à de uma agência de propaganda.

Mas, feita em prol da verdadeira cultura: i. e., dedicada a um conhecimento mais rigoroso da arte antiga e tradicional. De um conhecimento como não se pratica em várias instituições de Ensino Superior; ou seja, não comprometido com os discursos oficiais do politicamente correcto:

Aparentemente, os únicos (discursos) aceites hoje em várias das Faculdades da UL, ou pelos painéis de avaliadores da FCT...

Interessa-nos portanto conhecer, mais aprofundadamente, a arquitectura antiga e tradicional da Europa (cristã); a arquitectura e a arte portuguesa, assim como várias das suas expressões que migraram mundo fora, e que hoje se encontram nas chamadas versões coloniais. Por exemplo nas Américas, seja no Norte (EUA), ou no Sul (Brasil).

Nas imagens seguintes, para reforçar e comprovar posts anteriores, dois extractos do Túmulo de Alcobaça a que nos temos referido.

 

arca-alcobaça.jpg

(legenda)

 

AlcobaçaTúmulo-Amêndoas.bmp

 

(legenda)

 

Fotografias vindas do estudo de J. Custódio Vieira da Silva, intitulado: O Panteão Régio do Mosteiro de Alcobaça, edição do Ministério da Cultura e IPPAR, Lisboa 2003. Ver páginas. 45-50.

Ver também em

 

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3.4.17

A propósito da ideia de mais dinheiro para a Ciência, antes disso claro que nos ocorre a ideia de mais LIBERDADE para a Ciência. Para se conhecer a si mesma, delimitar áreas ou campos científicos...

Será que tem que estar confinada às visões redutoras de quem se fez doutor sem sequer ter frequentado uma universidade? De quem vedou aos que a frequentaram, quiçá por alguma «superioridade de género» (ou qualquer outra «visão superior»...) o completo acesso aos estudos pós-graduados, como eles se devem fazer: Na plenitude que permite atingir os objectivos do chamado Ensino Superior. Já que, caso contrário, então o nome desse grau passa a ser o de ensino inferior...

É que ter dinheiro para se fazerem os estudos e as investigações, será uma etapa seguinte.

Se a primeira é uma necessidade: haver temas ainda não investigados, ou sequer detectados, como sendo assuntos que é preciso esclarecer (para depois os divulgar a toda a sociedade); há depois várias outras primeiras etapas - será a seguinte/segunda, a terceira, a quarta, ou são concomitantes?

Mas é também exigir (será a 1ª ou a 5ª etapa do processo?) que os designados «painéis de avaliadores da FCT» sejam forçosamente competentes para os cargos de que se (auto)incumbiram!

∞∞∞∞∞

Enfim : «Mourons pour des idées*, d'accord, mais de mort lente… »

E talvez valha a pena lerem a letra, em vez de apenas ouvirem as palavras:

É que aqui a IDEIA pela qual vale a pena viver (e assim todos os dias morrendo de «morte lenta»), é uma ICONOTEOLOGIA que alguns (caso de Hans Belting) já detectaram e defendem: IDEIA que ultrapassando as diferenças entre ICONOLOGIA e ICONOGRAFIA, como há décadas foi explicado por Erwin Panofsky, visa agora várias outras noções muito inovadoras que o Pe. Eugenio Marino também defendeu

 

∞∞∞∞∞

*Idées que hoje são como um Nó Górdio (vários, muitos, “mais precisamente” uma infinitude de nós...) que foi levado para a Universidade, e ai estacionou: pela força da qualidade dos docentes, que também eles vivem estacionados, abstendo-se de fazer esforços de verdadeira progressão científica.

Para quê? Se o que interessa mais é apenas adquirir cargos de chefia, poderes nas direcções das escolas...

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Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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