"Un je ne sais quoi" como diziam os eruditos franceses, nos séculos XVIII ou XIX, certamente antes de Freud!
Antes de muitos males, serem conhecidos e expressos, como hoje fazemos; com ou sem diálogos, cada um consigo mesmo.
Assim, o tal quê de dificuldade é ultrapassado, pois hoje procuramos exprimir os males e as nossas dificuldades, e muitas vezes conseguimos: Thanks God, pela capacidade de introspecção e auto-clarificação, que lá atrás no tempo alguém ajudou a conhecer, deu nome (conceptualizou), e transformou em ferramenta intelectual que alguns podem usar.
Por isso, voltamos agora ao título, e a tudo o que nos guerrearam (aos nossos estudos), vindo das mais variadas instâncias. Sem apoio do orientador, e ainda da instituição a que pertencemos, era impossível: não havia doutoramento que soçobrasse!
As ditas instâncias*, de imediato viram nele - nas nossas investigações e respectivos resultados - um perigo para si próprios. Por eles virem clarificar muita coisa que está mais do que obscurecida, em torno da Arte.
Particularmente em torno da Iconografia Cristã, mas também, sobre a própria Geometria**, que em geral está na base de todas as Artes Visuais e portanto da Arquitectura.
E aqui note-se que, quando estivemos na FLUL assistimos a algumas provas de mestrado e de doutoramento, em que alguns membros dos júris, com imensa frequência, perdiam um tempo infindo a mostrar quão grande, tão enorme era a sua sapiência! É que impressionava...
Pois até sabiam diferenciar, como Panofsky referiu, a Iconologia da Iconografia... Como quem distingue - veja-se só o valor disto - , etnografia de etnologia; como quem clama/mostra: ora vejam todos! Como são vastíssimos os nossos conhecimentos!
............................. Ah!
Era (e é) o silêncio... Sepulcral, esmagados por tanta ciência!
Pois assim, e calando todos, também nós tivemos a nossa parte (de silenciamento):
É que por tudo e por nada, os nossos estudos - de clareza e transparência (por isso mesmo, por serem logo compreendidos) - , de imediato foram chamados de Esotéricos. Para assustar...
Pois seja lá o que isso for (?), é um palavrão que ainda assusta alguns (mais assustadiços). E que leva a maior parte das pessoas, que não sabem de nada a terem receio! (do fantasma!)
É que estamos perante pessoas - não, não, é melhor chamar-lhes já gentinha*** - , que deitam atoardas para o ar - , mas que também elas próprias não sabem distinguir graça, de grassa...
Os Reitores, Professores, Doutorados; os autores das Agendas Semanais e de Newsletters, para quem palavras homófonas são como homónimas; é tudo o mesmo!
Para quem, para lançar insultos sobre os outros, ou querer fazer calar fundo, para essa gentinha ignóbil - que tudo quer ver numa mesma amálgama de ignorância; para esses dizer Exóticos, Exotéricos e Esotéricos é tudo o mesmo! Lancem-se os sons, pois como a «malta» é cada vez mais inculta (viva o acordo ortográfico), os resultados também serão muito eficazes e rápidos!
Acontece que há diferenças - a explicar em breve: e bem para dentro das Instituições que se dizem universidades! Já que de universal têm nada. Apenas comparam com os verdadeiros becos bacocos, incrivelmente exíguos, que são as mentes daqueles que as dirigem...
Gentinha que não sabe que tudo se conhece e pode aprofundar, desde que as pessoas não tenham bloqueios mentais.

(legenda - uma página de Hugo de S. Victor, sobre o aprofundar do Saber)
*Malta «que sabe tudo» de símbolos e os vê como ameaça secreta, permanente; sim, malta que, contrariamente ao nosso agir, que é (ou tentamos seja) coerente, se quiserem holístico e simbólico (no sentido de convergência); pois essa malta estava feliz a ver as nossas dificuldades, as vertigens, o sedentarismo cada vez mais perigoso com as suas consequências, etc., etc., etc.
**Como se o domínio deste Saber fosse o próprio DIABO!
***Pois as pessoas para nós têm outro nível; sobretudo têm outra dignidade