Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
18.12.15

Se o tempo não pára, também a Cultura – o desenvolvimento e a expansão de temas bastante antigos – nessa área generalista que podemos reconhecer como o conjunto de conhecimentos e saberes, aí muito menos o tempo também não pára. Evoluindo sempre.
Assiste-se, e felizmente, porque o pensamento não tem que ser entrecortado em épocas, por «tesouras» que cortam o tempo e os seus temas em fatias desconexas: assiste-se frequentemente, repetimos, ao regresso de temas antigos. Não é que eles tivessem desaparecido de maneira definitiva, apenas estavam em águas mais profundas; e os surfistas (ou os muito superficiais deste mundo em que estamos) não sentiam, nem navegavam nessas águas. Só que agora, já se vêem, há várias ideias antigas* a regressar.
Será por uma questão de «temperatura», quiçá um «movimento de convecção»; ou será uma termodinâmica dos fluidos trazida para o Pensamento e para a Cultura?** Essas águas que durante algum tempo tinham ido para o fundo, estão a regressar à superfície: estarão a passar à crista das ondas?
Pois agora, como essoutros (reler a nota ao texto**), apetece evidenciar, por analogia, que há como que uma termodinâmica de fluidos, que se pode/deve aplicar às evoluções do pensamento***. Ou, depois de todos estes questionamentos, pode-se dizer simplesmente, que se assiste a um simples regresso, como é normal acontecer, que os anos 50-60 estão na moda?
Há que olhar para ver: Um ver que se deseja possa ser um acto de compreensão, uma adesão a ideias novas e claras!

excerto-LaurentGERVEREAU-2.jpg

 

 (clic na imagem para legenda, ou aqui)

*A propósito lembre-se o que já escrevemos sobre o nascimento de uma ideia, vindo de um texto de António Damásio.
**Como Johann Joachim Winkelman comparou e estabeleceu analogias entre civilizações e a vida humana. Nesse caso falando de crescimento, de desenvolvimento e decadência de cada civilização. Assim como noutros casos, outros autores fizeram outras analogias; como por exemplo entre a Taxonomia (aplicada à Biologia), para assim referirem – exaustiva e obsessivamente - os Estilos Artísticos e Arquitectónicos. Como se fosse necessário classificar cada espécie, ou cada « família» do grupo dos mamíferos, sem que se pudesse perder um qualquer mínimo item…
***Analogia(s) que facilita(m) os raciocínios e permite(m) avançar na compreensão das mentalidades e do pensamento em épocas diferentes, mas, sem fazer confusões entre as diferentes áreas científicas...

 

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10.12.15

Novo post a acrescentar ao anterior, visto termos imensas informações, acrescidas do que vamos encontrando, como é neste caso uma outra recensão do trabalho de Patrice Sicard intitulado: Diagrammes Médiévaux et Exegese Visuelle: Le libellus de formatione arche de Hugues de Saint-Victor.

Como mostra (mais uma vez) o excerto escolhido**, os vários autores nossos contemporâneos, incluindo Patrice Sicard, não compreendem que se tenha podido fazer arquitectura de maneiras e processos que são completamente diferentes dos actuais. 

Só aceitam que tenha havido Arquitectura quando eles encontram - e vêem à sua frente - as Plantas, Corte e Alçados, que julgam ser os únicos elementos e documentos da praxis profissional.. 

Ora nós sabemos de inúmeras situações, já lá vai o tempo, é verdade, em que até as Câmaras Municipais autorizavam as construções, bastando-lhes para isso, que se apresentasse uma Planta e uma Memória Descritiva***.

E nesses casos, era à dita Memória (mais ou menos justificativa, mas sobretudo descritiva) que competia a maior informação sobre o que se pretendia construir.

Depois deste parêntesis explicativo, há que acrescentar o que nos interessa evidenciar no texto abaixo (à semelhança do que acontece noutros): Dos De archa Noe de Hugo de S. Victor o Libellus (o 2º escrito de menores dimensões) reuniu os procedimentos necessários à execução. O 1º escrito, também mais conhecido como Arca Moral, reunia a Teologia, ou a base fundamentadora (teológica) da imensa alergoria ou metáfora que se pretendia edificar.

excerto-Jean-PhilippeAntoine.jpg

(clic na imagem para legenda)

* "Origens..." que tanto preocupavam, obsessivamente,  a nossa orientadora de estudos de mestrado - Maria João Baptista Neto -, como é facílimo provar, e que, encontrada a Chave do Enigma, deixou cair esse assunto! Calando-se como alguém que nunca deveria estar no Ensino; já que não é esse desiderato ou são os objectivos da Investigação no Ensino Superior.

** Vindo de: Annales. Histoire, Sciences Sociales , 51e Année, No. 1 (Jan. - Feb., 1996), pp. 150-153

***Por mais estranho que a todos nos pareça, pois naturalmente achamos (hoje) que são também necessárias várias plantas, e sobretudo inúmeros cortes verticais, e os alçados para poder estudar e depois comunicar aos executantes a imagem final que se pretende conferir ao trabalho a realizar.

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Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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