Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
27.3.15

Desde que saibamos o significado da Iconografia (ou os IDEOGRAMAS, como lhes chamamos) que foi aplicada na sua realização.

Uma iconografia que pode ter sido aplicada a nível estrutural - e portanto deu forma aos elementos de suporte e às edículas, mas mais apenas a nível superficial que temos tendência a designar ornamentação: não é por acaso, como explica George Hersey.   

Um autor e uma obra que se impõe conhecer (embora nem sempre estejamos totalmente de acordo com as suas ideias).

DE-Rafael-Via_LimaDeFreitas-2.jpg

 

Apesar do que acima se escreveu, escolhemos ilustrar este post com uma imagem que Rafael integrou na sua Escola de Atenas, um fresco que está no Vaticano. Imagem que Lima de Freitas realçou num dos seus trabalhos, mas cujo significado, perguntamo-nos, se o conheceria integralmente? Por nós, responderíamos que em parte sim, sabemos...Mas não totalmente.

Comparem com outros desenhos de vãos, visitem os bens culturais nacionais

https://www.bensculturais.com/

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20.3.15

 

Num artigo fantástico e muito interessante, que se aconselha, apesar de serem citados vários autores «nossos conhecidos», faltam no entanto Patrice Sicard, Grover Zinn e até (mais informações) de James Ackerman, ou ainda de Mary Carruthers.

Falta sobretudo aquilo que até agora ainda ninguém fez, que é o desenvolvimento de uma ICONOTEOLOGIA muito específica. A qual começa por ajudar a compreender as «Actas das Reuniões decisórias» que James Ackerman estudou e publicou, relativas às diferentes campanhas de obras da Catedral de Milão.

 

Uma Iconoteologia a que chegámos ao compreender a representação do Filioque: uma Iconoteologia que não prescinde da Teologia para definir a Imagem.

E que, tal como se serviu de trifoils e quadrifoils para aludir a «dimensões diferentes» do divino, durante séculos também o fez com relações geométricas Ad Triangulo e Ad Quadratum.

 http://journal.eahn.org/article/view/ah.bs/108

 

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10.3.15

No centro da fotografia o que pode parecer uma linha em zig-zag, são 4 Gabeletos. Ou os remates superiores de arcos e portais, feitos de uma maneira característica do Estilo Gótico.

Um pouco abaixo do vértice - ou no centro do triângulo que quase desenham - pode-se ver como alternam, em cada um deles, primeiro um quadrifolio, depois um trifolio, e de novo repete a mesma sequência.  

Image0036-A.jpg

trifolios e quadrifolios.png

 

Na imagem acima amplia-se aquilo que queremos destacar, e que dá continuidade ao post anterior. Exactamente ao texto de Hugo de S. Victor quando descreve vários Sínodos e Concílios e os Símbolos que produziram. 

E nesta última frase não temos dúvidas de que estamos a dar informações que contrariam aquilo que a maioria das pessoas conhece, ou pensa saber, sobre Símbolos.

E aqui, podemos dizer, não só a nível nacional mas também a nível internacional... Já que para estes temas - todos nós o sabemos, Portugal e as sua universidades demitem-se, contando nada ou muito pouco os contributos que dá para fora. 

Image0121A.jpg

 

Em Veneza, no Palazzo mais conhecido (o dos Doges), vemos como também os Quadrifolios assumem um local de grande visibilidade.

Ora já no nosso estudo dedicado a Monserrate, alertámos para o facto dos Ideogramas serem feitos com círculos, ou ainda, escrevemos também sobre isso - serem esquemas orgânico-relacionais alusivos à Trindade*.

Depois acrescentámos: quando aparecem 4 círculos, "...o último pretenderia referenciar a Mãe de Deus"**.

Em resumo, neste tema que é infindável - sobretudo enquanto as pessoas responsáveis o quiserem ignorar (e portanto há que batalhar pelo seu reconhecimento) - diríamos que as imagens de hoje e as inúmeras versões que estão na Arte de todas as Épocas históricas essas imagens são aquilo a que Kubler chamou invariantes que percorrem os vários estilos.

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*Ver em Glória Azevedo Coutinho, Monserrate uma nova história, Livros Horizonte, Lisboa 2008,

**Ver op. cit., p. 157. Depois, como podem ler nas notas, a frase que citámos remete para uma boa série de informações vindas de Jacques Le Goff.

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5.3.15

Símbolos que, acrescenta-se ao título antes de desenvolver, tiveram traduções visuais. A maioria usando círculos, que já os Visigodos e Ostrogodos tinham empregue: complexas e muito bonitas traceries que se podem ver no Museu de Beja; ou de novo e com o mesmo intuito, embora levado à tridimensionalidade, vários séculos mais tarde no chamado Estilo Gótico

Agora, e continuando posts anteriores, não tanto o último mas mais o penúltimo, o de 18 de Fevereiro, regressamos a Hugo de S. Victor e ao que escreveu em Didascalicon.

De novo trata de Sínodos, Concílios e Símbolos que se produziram durante essas reuniões magnas.

Leiam, pois havemos de escrever um pouco sobre o que se segue:

hsv-didascalicon

 

Não esqueçam que todas as Histórias alertam para o facto de Carlos Magno ter sido, na Alta Idade Média, o primeiro Imperador descendente dos Povos Germânicos que se moveram para a Europa, durante a chamada Antiguidade tardia (ou preferem referir Alta Idade Média?). 

Cruzem com informações de outros historiadores, como estamos aqui a fazer com as de Peter Brown*, que valorizaram a criatividade do fim da Antiguidade, tentando combater o «conceito de decadência».

Uma ideia que ainda hoje prevalece, pois as pessoas não valorizam, ainda, o facto de as chamadas invasões dos bárbaros, terem na sua base a vontade de alguns povos, de estarem em áreas cujo desenvolvimento (maior) esses mesmos povos (ditos «invasores») ainda não tinham.

Depois, durante a Idade Média, os Símbolos da Fé e as sua traduções visuais, concretamente o (e os - também no plural) que passou a integrar a partícula que ficou conhecida como Filioque, tornaram-se mais tarde imprescindíveis para assinalarem os Templos, Palácios, Casas Nobres, e as Sedes do Poder Municipal, etc. Com o intuito de afirmarem a sua fé, tal como por exemplo os Francos tinham feito, depois de Clóvis.  

No nosso trabalho dedicado a Monserrate, em que nos apercebemos da existência desta questão, abordamos o assunto por várias vezes, sobretudo no primeiro capítulo. Aqui e em Primaluce, também tem sido tratado**.

http://primaluce.blogs.sapo.pt/a-sul-da-sorte-216541;http://primaluce.blogs.sapo.pt/153490.html; http://primaluce.blogs.sapo.pt/147123.html

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*Em Os Historiadores, Michel Vovelle e outros, ver p. 416 dedicada a Peter Brown, Edição Teorema, Agosto de 2005.

**Claro que nunca esquecerei o facto de Maria João Neto, logo depois das minhas primeiras descobertas (feitas com base na Geometria), me ter questionado, mais do que uma vez, se alguns movimentos artísticos posteriores à Reforma (religiosa, luterana, etc.) poderiam estar relacionados com os materiais que estávamos a encontrar? A pergunta foi muito inteligente, própria de quem tinha muito mais informação do que nós, mas a resposta que podíamos dar foi a de quem não sabia. Acontece que hoje não temos dúvidas sobre este assunto, sendo esta mais uma das muitas razões para não se entender a reacção da Fac. de Letras ao que descobrimos.

Continuamos a ter certeza que muita água ainda há-de correr, até que haja pessoas preparadas para entenderem e valorizarem esta imensa e nova temática...

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Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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