Será que se consegue obrigar a ver e a ouvir? A Justiça que quer ser cega? O MEC que quer ser MOUCO?
Sobre a indiferença que tende a ser global como o Papa Francisco escreveu conhecemos centenas, senão milhares (?) de exemplos. Claro que aqueles que conhecemos melhor são os que, nós mesmos, somos (ou fomos e continuamos a ser) objecto dessa indiferença. Em 2002 ao estudar o Palácio de Monserrate na FAC de Letras fizemos várias descobertas que se resumem no facto de a História da Arte (do Ocidente Europeu) dever ser vista como uma ICONOTEOLOGIA. Vezes, incontáveis pedimos ajuda - e aqui mais uma vez estamos a fazê-lo. Com a esperança de que, pelo menos desta vez não sejamos novamente objecto de um encolher de ombros, mais ou menos violento de quem se sente incomodado. O que descobrimos muda substancialmente a historiografia da Arte Europeia, cuja formas nasceram de modo quase directo naquilo que é o Pensamento Visual como Rudolph Arnheim o explicou. É toda uma temática que pode ajudar os Europeus a compreenderem muito melhor a génese cristã da cultura europeia: incluindo a actual, claro. É toda uma temática que permite evidenciar a simbiose entre cultura religiosa antiga e as tradições que chegaram até hoje. Enfim como a Arte e o Património devem ser vistos como a materialização de valores intangíveis, alguns agora até são considerados «patrimónios imateriais».
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?did=178739
Será que se consegue obrigar a ver, quem quer ser cego?