Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
20.9.13
O nosso último post em Primaluce* tem um pavimento de Conímbriga que merece ser comparado e analisado face à janela da Torre de Menagem de Arzila (Assilah), no Norte de África, Marrocos [Lat. 35.466047, Long. -6.039833] que aqui é hoje apresentada.

Segundo se pode ler em HPIP.ORG a primeira fotografia é de Jorge Martins Lopes; acervo FCG; 2012.

Digam o que disserem, para nós, na interpretação que fazemos do janelão superior da Torre, está lá plasmada - no vão bífore - a tradução teológica do Filioque, como foi usual no período do que chamamos Estilo Românico.   

 
 
 
Se nas análises comparativas que sugerimos, se verdadeiramente atingirem e compreenderem aquilo que se está a querer mostrar/demonstrar, é muito possível que se sintam bastante (ou muitíssimo?), atordoados: tal é a dimensão do "Paradoxo Científico" que estas imagens geram. Foi o que nos aconteceu há vários anos, e por isso estamos em condições de avisar para o que pode suceder. Lembrando ainda que alguns autores designaram essas janelas (como as das fotografias acima), por Manuelinizantes**  
DESDE JÁ SE AVISA QUE ESTES CONHECIMENTOS HÁ MUITO ESTÃO REGISTADOS NO IGAC***.  

**O que é uma designação bastante curiosa. Vejam em:http://primaluce.blogs.sapo.pt/31804.html, http://primaluce.blogs.sapo.pt/9319.html, http://primaluce.blogs.sapo.pt/8769.html

***Mudam a História da Arquitectura, e por isso são uma das razões para várias pessoas (e as instituições a que pertencem - como Centros de Estudos e Investigação, e Laboratórios associados da FCT), denodadamente, estarem interessadas na ocultação dos resultados das nossas investigações. 

Bem-hajam pois, pela sua (deles) imensa vontade de

Mediocritas!

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12.9.13

... ou dá imenso trabalho?

Perceber que a Arte do Ocidente é uma Iconoteologia, e que mesmo a Etnografia (artística), ou o que chamamos Arte Popular, foi às mesmas fontes antropológicas, buscar os mesmos materiais iconográficos com que produziu inúmeros e diferentes artefactos; isto é muito desestabilizador, quase revolucionário?

Quando tudo parecia estar tão estudado, arrumado e organizado:

Tão pacatinho...  

Será que procurar novidades, e olhar para a realidade com mais informações - do que em geral é feito, ou alguns outros fizeram no passado* - é mesmo revolucionário? Por desestabilizar e desinquietar as realidades comezinhas em que vivemos?

Mas não seria este o objectivo do Ensino Superior? Um conhece-te a ti próprio verdadeiramente eficaz?

Em suma, do que vemos, pensar mais e admitir pensar diferente é mesmo muito atrevimento... E nós temo-nos atrevido, e continuaremos, insistentemente, a fazê-lo. 

É que procurar e encontrar é saudável. Dá saúde à mente! 

E assim aqui fica - já que os meios contemporâneos são imensos - para que ganhem também, desta saúde que nos dá força. Leiam**:

 

The Lost Meaning of Classical Architecture: Speculations on Ornament from Vitruvius to Venturi

 

"An enormous door in the way to understand ornaments and architectural shapes,

In this book the author explains how, generally, Greek temples have been concretions: of shapes and materials having some very specific meaning. Afterwards he gives examples and showed how they did work, to «translate» ideas. If one has already other basis and information, can join all of it and make progresses. Applying such notions not only to comprehend Classical Art but also to Medieval - Romanesque and Gothic; and also to Renaissance and Baroque Art. Later (after 18th century), things changed, and perhaps Art and its ornaments is still a Language? Or, may be just in the opposite situation, the meanings of ornaments were lost? And the artistic objects begin to be much more penetrated by a sensorial (visual) beauty, instead of being - as they were before, in ancient times - as a support of communication (or ideology) - an intellectual beauty? So, in order to understand better Ancient Art and Styles, join and read together another book of George Hersey: Architecture and Geometry in the Age of the Baroque."***

 

 

(clic para legenda)

 

*O acesso (e a compreensão) que hoje, em geral, temos em relação à Psicologia, ou até nalguns casos às Neurociências veio permitir olhar para a Arte do passado, com outros meios, ou «instrumentos pensantes» que no passado - há cerca de dois séculos atrás, quando se foi fazendo a actual historiografia - ainda não existiam.   

**Não é publicidade, mas sim um conselho: saiam das tamanquinhas de pau, calcem solas flexíveis...

***Ler em: http://www.amazon.com/review/R28ZBW3Z54XUGC

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9.9.13

Em Monserrate uma Nova História, entre as páginas 37 e 39, está condensado aquilo que nos fez pensar que era importante fazer um doutoramento, para explicar a essência da Arte do Ocidente como síntese visual, rigorosa, dos Dogmas do Cristianismo.

Mas, está provado, em Portugal, ninguém quer saber de Iconoteologia, e de como o Pensamento Visual produz Cultura e Imagens, ou como funciona a Imaginação**. 

Assim, ainda sobre alguns posts anteriores e os seus triângulos - que alguns julgam pertencer-lhes..., exclusivamente, porque julgam serem segredos (!) - leiam aí o que nós encontrámos em 2002, em menos de três dias (ou apenas algumas horas) de investigações intensas e fascinantes!

Era exactamente para esses «Cientistas» - que só sabem aquilo que alguém já lhes forneceu muito «requentado e pronto», escondido em «bibliotecas secretas», que nos parecia importante fazer (e escrever) o doutoramento. 

Porém, já ficou tudo em Monserrate uma Nova História, e na nossa vida, houve sempre muitos mais objectivos, também interesses (e olhos, braços e mãos) para concretizar...

 
... como a Arquitectura Tradicional, o Património e a Arte Popular,
pois há que gozar a Beleza:
seja para as «papilas gustativas dos olhos» ou mais para as da mente!?

~~~~~~~~~~~~

*Mas apesar disso (pasme-se!) conseguiu que lhe dessem um Ph.D...

**A verdadeira imaginação não é Fantasia, mas capacidade de produzir Imagens

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7.9.13
Já chamámos a atenção para o assunto no nosso trabalho dedicado a Monserrate e agora particularmente em Primaluce*; mas ainda está a ser pensada uma nova abordagem a um tema que continua muito difícil (menos para nós e mais para todos), sobretudo porque se deram outros nomes, e outras classificações, a temas e assuntos que no passado eram correntes e comuns, integrando «os saberes do quotidiano».

Deo gratias - Fernando António Baptista Pereira, na orientação que nos deu**, fez-nos estudar um pouco sobre a estrutura do Saber na Idade Média; ou, melhor dizendo, sobre o Ensino e os seus conteúdos nessa época. Razão porque estamos a par do modo como funcionavam vários conhecimentos que hoje são repudiados, e que a nossa sociedade não quer aceitar: talvez por um «laicismo militante»....? 

Enfim, temos algum conhecimento de como esses saberes, que eram o corrente e o quotidiano (dos mais informados), se articulavam e trabalhavam. E, até se pode dizer assim hoje: sabemos como propositadamente eles estão agora a ser esquecidos***.

Vejam e leiam todo o texto de António Rodrigues sobre a Vesica Piscis

(por exemplo em http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/52402.html)

 

Depois percorram também a imensa Iconografia dos nossos trabalhos (desde 2002) e os posts - de Primaluce e Iconoteologia. Vejam como as Argolas Entrelaçadas do túmulo de Egas Moniz, mas ainda antes em obras do século IV, eram (já) significantes. Sempre com o mesmo objectivo: exprimir a «Organização da Trindade», que - um dia (mais tarde), a Querela do Filioque e o chamado Cisma de 1054 - trouxeram aos Cristãos; sobretudo a partir de meados do séc. XI. 

Por isso o Romanesque (i. e., o Românico dos Povos da Europa do Norte - os antigos Povos Germânicos, invasores do Império Romano) tem como principal característica o Entrecruzamento de Arcos: frequentemente associados às Janelas (e à Luz que é Deus).

E agora, completando ainda o post anterior, que foi dedicado à Casa Eucher Pereira (em Benaulim na Índia), fica o mote - i. e., apenas as argolas - de um vão da Casa que foi dos Condes de Castro Guimarães em Cascais.

Vejam em Monserrate uma nova história, p. 276, fig. 119A
Depois, notem ainda que a Nobreza, mas também os Cristãos abastados - com condições para fazerem as suas casas com a dignidade que o «seu estatuto» impunha (e mais tarde também a burguesia) - fosse na Índia ou em Cascais, foram todos buscar as mesmas insígnias, e o mesmo material iconográfico significante, capaz de traduzir esse seu estatuto antigo: o de quem se considerava «classe sagrada»
E para terminar um comentário: se por um lado se escondem informações (relativas ao passado); e se ainda para cúmulo se atribuem esses conhecimentos a «secretismos-de-certas-associações», enfim, não admira que nos deparemos com graves amnésias e reencontros inesperados; que são também, depois, enormes paradoxos.
Ao que julgamos, a Ciência - na área da Cultura Visual, entre nós, tem o que merece!  

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 *http://primaluce.blogs.sapo.pt/164020.html

**Embora tenha desistido... Num episódio que a "História não há-de rezar". 

***Se se desconhece a Cultura Visual do passado; se se atribuem a organizações secretas as imagens mais importantes, mas tão divulgadas (que se tornaram banais, estando até na cultura popular... ) ao serviço do sagrado e da religião. Assim apetece dizer que alguns reencontros - como está a acontecer desde 2009-2011 na nova Igreja de S. Francisco Xavier, no Alto do Restelo - esses «achados» são naturalmente geradores de imensas polémicas, e de paradoxos inacreditáveis, com os quais, estupidamente, alguns «vão embater»!

Mas este assunto ainda não cai aqui...

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3.9.13

Num dos últimos posts* deixámos vários links. E num desses, seguindo-o, encontra-se este texto: 

"...fiel às suas raízes incontestavelmente cristãs, àqueles valores espirituais e culturais de que é tecida a sua história, e de que estão impregnados a arte, a literatura, o pensamento e a cultura."**

Sem dúvida que quem quiser conhecer (e investigar com metodologias científicas) a Arte Europeia, antiga, ou até mesmo alguma Arte Contemporânea, tem que estar devidamente apetrechado: conhecer a base antropológica da cultura em que vive. E, claramente os seus sinais.

Como se vê, negá-lo por obsessão laicista (?!), é perca de tempo:

Porque a evidência impõe-se

Na imagem abaixo(pertencente a http://www.hpip.org/def/pt/Homepage/Obra?a=1441) a Casa Eucher Pereira, em Benaulim, Goa, Índia.

Nos vãos reparar nas bandeiras, cuja iconografia é a mesma que está no túmulo de Egas Moniz (ver em Monserrate uma nova história, p. 263).

Mas também, por exemplo, está ainda na casa que foi projectada em 1909, por Marques da Silva, para a sua própria residência no Porto (assunto para um novo post a escrever).

Como no post anterior o local continua a ser a Índia.

E é ainda a mesma Iconografia - ou o mesmo material ideológico e programático - vinda da Teologia

~~~~~~~~~

*http://primaluce.blogs.sapo.pt/163052.html

**Ver em: http://www.snpcultura.org/para_uma_cultura_crista_na_europa.html

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Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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