Alguns talvez vejam as nossas associações como muito imaginativas e até forçadas. Porém é uma questão de se informarem: poderão então compreender que no passado a Arquitectura e toda a Arte estava muito mais relacionada com o Poder do que hoje se verifica.
Estava muito mais relacionada com o discurso e com a Retórica, do que nos nossos dias se pode ver ou imaginar.
Como tal, ao olhar para trás contaminámos o passado - quando colectivamente o estudámos (e ainda estudamos) - usando as lógicas da actualidade. Uma «actualidade» que nalguns casos foi ainda no tempo de G. Vasari*, mas em geral referimo-nos ao que sucedeu na contemporaneidade, i. e., depois dos séculos XVIII e XIX.
Detecta-se hoje que muitos Historiadores da Arte foram demasiado simplistas quando por exemplo viram apenas buscas para obter mais resistência e melhor construção, nalgumas das evoluções estilísticas que ocorreram em determinados períodos históricos. Leiam (já o citámos**) - António Castro Villalba em Historia de la construcción arquitectónica.
Ou leiam agora Pierre Caye - um autor que com Françoise Choay traduziu Léon Battista Alberti - mas neste caso, referindo-se à obra de Vitrúvio, e a relacionar a Arquitectura com o Direito***.
*Ler o que Dana Arnold registou em Compreender a História da Arte; Edições Quasi, Vila Nova de Famalicão, Jun. 2006: ver nas pp. 40-64.
**Antonio Castro VILLALBA, Historia de la construcción arquitectónica. Edicions de la Universitat Politècnica de Catalunya. Barcelona 1999. Ver pp. 213-233