Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
13.11.12

Como se pode ler em Prima Luce, muitas vezes gastamos tempo e energias a relatar o quotidiano; tempo que pode parecer mal-empregue, no entanto não deixamos de estar prejudicados pelas dificuldades que algumas instituições e os seus responsáveis nos têm colocado, as quais vamos denunciando...  

Mas aqui em Iconoteologia privilegiamos, muito mais e directamente, os temas que interessa transmitir; tanto quanto é possível afastados (isolados até) desse mesmo quotidiano.

 

Sobre a palavra "Kalocagatia":

Na óptima tradução de José Saramago da História da Estética de Raymond Bayer (Editorial Estampa, 1995) encontra-se a palavra acima, escolhida para título do post de hoje. Assim como uma explicação muito genérica sobre os "Kala Schemata". Imagens que consideramos teriam sido "Esquemas Bons e Convenientes" na acepção de Vitrúvio, para exprimir uma série de Ideias. Acontece que esses esquemas, não ficaram apenas na Arte Antiga, da Antiguidade Clássica, e até da Alta e Baixa Idade Média

Vemo-los chegar a tempos muito mais recentes, como são obras de meados do século XX:

Quando foram empregues em 1950 foram-no apenas por uma tradição e um sentido de «conveniência» de génese antiga, ou porque ainda se conhecia, de facto, o seu significado? 

Essa é a pergunta que nos fazemos muito frequentemente, quando vemos proliferarem em várias/muitas obras, as Formas - também lhe chamamos Ideogramas (ou ainda Esquemas) - que durante centenas ou milhares de anos estiveram em locais muito específicos da construção, como são por exemplo as janelas.

No caso que hoje se apresenta está a mesma forma das Ogivas que Hugo de S. Victor propôs para o tecto da Igreja Gótica*. Deveriam ter, entre outras formas, a de "Aspa", ou também chamada "Cruz em Aspa". 

 

 

(clicar para ampliação e legenda)

Como se vê na imagem - parte de um trabalho do MNAA, atribuído a Nuno Gonçalves - S. Vicente crucificado, e para a representação foi escolhida uma cruz com esse desenho. Acrescentando assim uma série de ideias (sinónimas, ou as integrantes do significado) da "Cruz em Aspa".

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*Os excertos de imagens que apresentámos (em http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/43991.html) que não estão completos porque obrigam a uma enorme redução desse desenho, formam uma cruz, cujos ângulos não são de 90º, mas muito desiguais. Oportunamente tentaremos reduzir essa imagem, ou mostrar apenas a zona central onde as diagonais se cruzam. No trabalho dedicado a Monserrate, na nota nº 154, p. 172, ler o que escrevemos sobre as Ogivas, como diagonais e suportes nos ângulos. No séc. XVIII foi George Essex - que chegou a colaborar com Horace Walpole e que escreveu uma História da Arquitectura Gótica em Inglaterra - quem referiu esta forma como uma característica específica/novidade do Gótico. Informação que consta em Kenneth Clark, embora não tão clara e explicita como estamos agora a dar.  

Ver também: http://primaluce.blogs.sapo.pt/

link do postPor primaluce, às 14:00  comentar

 
Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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