Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
27.10.12

 O Tratado que originou a Arquitectura Medieval é uma Síntese Pluritemática: a junção de várias alegorias, e de um grande número de Ideias (essenciais) que a Igreja queria ser e representar

 

É verdade, referimo-nos ao Tratado que originou a Arquitectura Religiosa da Idade Média; mais concretamente o que se pode designar como Românico-Protogótico.

Uma ideia que é nossa, como desde já se avisa.

Note-se - para todos os que permanentemente precisam de citar uma qualquer fonte que sustente aquilo que afirmam - que no nosso caso, e para esta situação em particular, essa fonte não existe. É uma dedução nossa, resultante de tudo o que lemos e investigámos.

Sabemos que há quem esteja lá perto (alguns autores), ou quem se refira a uma maquette quando lê certas passagens dos De archa Noe.

Mas que, por desconhecimento ou outras razões que ignoramos, até agora não há (que o saibamos) um estudioso ou um autor que venha dizer que a arquitectura medieval - e concretamente a da Igreja da época Gótica - se fez numa determinada direcção, porque alicerçada nesta ou naquela «Teoria», que a tenha prescrito... *

Sim, é isto que faz um projecto: «prescrever» ou funcionar como um Guião - que define previamente uma obra a executar. E só quem está do lado de fora, das acções e das actividades relacionadas com a execução (para o futuro) das obras de construção, é que não compreende que uma obra possa ser executada a partir de uns (muito) poucos elementos desenhados, definidores dessa mesma obra.

Note-se que só hoje** - i. e., na actualidade mais recente - é que as edificações são objecto de um aturadíssimo e muito minucioso processo de previsão (e até de uma vizualização prévia, bidimensional, os renderings) da realidade que se pretende vir a criar.

Por nós lembramo-nos bem de tempos em que para se licenciarem pequenas obras bastava apresentar uma (só) Planta e a respectiva Memória Descritiva.

Por outro lado, no Verão de 2002 pudemos percorrer todo um arquivo de desenhos e motivos para Estucadores (da Oficina Baganha, no MNSR no Porto), que nos permitiu ter a certeza da persistência de processos de trabalho não muito diferentes dos que se empregaram em tempos medievais. Isto é, os motivos aplicavam-se seguindo regras, como por exemplo colocados em sancas, em faixas no tecto ou nas paredes, e ainda no centro do próprio tecto; sem que fosse necessário, ou que existissem outras medidas relativas (e os desenhos que as indicassem) aos distanciamentos entre os vários elementos definidores do espaço.

Nesses tempos que nós vivemos e recordamos tratavam-se de obras feitas no joelho? Nem tanto, mas comandavam-se muito, e frequentemente, a partir de visitas ao local da obra. Onde, de vez em quando, havia que recolher informações, para as trabalhar em Atelier, e voltando-se à obra mais tarde e com instruções mais precisas. Na época medieval muitos Mestres seriam Residentes no local e no Estaleiro da obra, como supomos.

Os desenhos que se seguem provêm do 2º vol dos De archa Noe, conhecido como De Arca Mystica. São apenas um excerto da imagem e das ideias que estiveram por detrás das ogivas. Cujo objectivo era o de constituírem Faixas de Pedra, muito visíveis (formando desenhos nos tectos, sob as abóbadas) e em que cada uma das pedras  que os constituíam - cada uma por si - era como um patamar ou um degrau numa ascensão (mística) em direcção a Deus. Augere é subir para atingir o céu, o ponto mais alto: o Auge. E sobre esta origem de Ogiva na Etimologia, lembrem-se as imensas confusões, que são HISTÓRICAS, à volta da designação deste elemento que para a maioria é estrutural!

Estamos perante peças que eram muito mais importantes para serem vistas e lidas - claramente para serem contempladas - do que como elementos de suporte***.

 

 

 

 

 

(clicar sobre as imagens, para ampliar e ler o que escrevemos sobre elas. Tal como a imagem do passado dia 15 de Out. provém de - Anexos desenhados  in HVGONIS DE SANCTO VICTORE, De ARCHA NOE, LIBELLVS DE FORMATIONE ARCHE, cura et studio Patricii Sicard, Turnhout,Brepols Publishers, 2001.)

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Há apenas ideias soltas, muitas perguntas sobre as Origens do Gótico, sem que os estudiosos compreendam a multiplicidade de Ideias (ou a Polissemia) que a Igreja Gótica reúne/sintetiza.

**Este hoje, tem a ver como facto de estarmos a pensar no enorme número de peças desenhadas que na actualidade configuram uma obra a realizar. Num próximo post podemos vir a apresentar aqui, fotografias de modelos reduzidos que estiveram na base de edificações do período renascentista. Maquettes que foram feitas com o objectivo de funcionarem como elementos de projecto, e que, provavelmente, substituíam a enorme quantidade de desenhos que actualmente se fazem.

*** Uma longa história de polissemias, que também explica as dificuldades que temos para escrever a tese. Em que não só o tema é dificil, como cada nova informação exige toda uma série de explicações sobre os antecedentes de uma lógica antiga; sobre Geometria, sobre Teologia, sobre Etimologia... etc.

Enfim, tudo o que as instituições FLUL, FBAUL e IADE não quiseram saber nem colaborar para ser possível acabar a referida Tese. Nestas instituições os responsáveis sabem, melhor que ninguém as razões para tudo terem feito para inviabilizar os nossos estudos.

NOTA FINAL:

Sabemos que um assunto deste nível merece um tratamento à altura, já que se trata de uma enorme novidade para os meios científicos! Mesmo que esses entendam exigir e procurar muitas provas relativas à veracidade das informações que damos. À partida, claro que não nos parece que um blog seja o meio mais adequado para estas apresentações; mas, também nos parece muito menos adequado (talvez inclassificável até?) o Comportamento Científico de quem deveria estar aberto à novidade, com vontade de a divulgar; ao correcto conhecimento do passado, para o aprofundar e para depois dar a conhecer.

Estamos disponíveis para dar os esclarecimentos que nos pedirem sobre o assunto, continuando a insistir na informação de que esta ideia é nossa. E como tal temos materiais para continuar a investigar até ao fim da nossa vida.

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18.10.12

para se deliciarem a olhar para esta:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6e/Venezia_-_Ca%27_d%27Oro_04.jpg

E lendo ainda mais algumas informações de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ca%27_d%27Oro

http://www.cadoro.org/

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17.10.12

Comparem a nossa imagem da Fachada de Monserrate apresentada há dias*, com esta que vem da Wikipedia**.

 

É a Ca D'Oro de Veneza

Será fácil compreender a imensa extensão do lapso (mas um engano fabuloso...) feito pela nossa Orientadora de Mestrado?  

Compreende-se que alguém que faz um engano desta ordem, se desligue depois dos estudos que originou (mesmo que equivocado***)? Terá, verdadeiramente compreendido o que se passou a atingir...? No IHA da FLUL os responsáveis terão alguma ideia do que são «sínteses projectuais»?

Que tal passar os olhos por alguns livros de Francis Ching, os mesmos que recomendamos aos alunos de Design? E assim entender as sínteses, como é por exemplo a colecção de imagens dispostas em bandas, na fachada da Ca D'Oro de Veneza?

~~~~~~~~~~~~

*http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/42796.html

**http://pt.wikipedia.org/wiki/Ca%27_d%27Oro

***Sem problemas os arquitectos e criativos conhecem a importância de um "brainstorming". Gorge Hersey escrevendo: "...Greek culture, moreover, encouraged the playing of associational games with words...", deu importância às mais variadas associações, que estão na base do que veio a ser a polissemia medieval. E algumas dessas associações nasceram em erros comuns...   

http://primaluce.blogs.sapo.pt/; http://endofarchitecture.com/ 

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16.10.12

... em busca de vários Círculos Entrecruzados como os que ontem se colocaram sobrepostos num alçado de Monserrate.

 

 

 

Notem que são os mesmos da Iconografia de D. Afonso Henriques e das Cruzes dos Cistercienses.  

http://primaluce.blogs.sapo.pt/

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15.10.12

O que a nossa Orientadora, a Professora Maria João Neto, viu na fachada de Monserrate, é a imagem que se segue:

 

 

Com isso lançando uma pergunta fabulosa, a tal a que conseguimos responder entre o fim de Nov. 2001 e 17 Março 2002.

Dentro de dias, trazemos aqui outras imagens, percebendo-se o valor - interessantíssimo, claro... - da «pequena» confusão que fez:

Sem dúvida muito «generosa», pela porta imensa que assim nos abriu! 

para comentário, clicar sobre a imagem

http://primaluce.blogs.sapo.pt/

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14.10.12

 

... sabe que se trata de uma história que começou, na sugestão/pergunta (hoje chamamos-lhe "briefing") colocada pelos Professores.

Em menos de 6 meses (Nov/Dez 2001 a 17 Março 2002) estava encontrada a resposta.

Ou, o início de uma outra resposta, «monumental», que tem a capacidade de mudar a História da Arte...

E o que se tem passado depois, desde Março de 2002, foi que os referidos Professores mostraram toda a sua incapacidade em lidar com o assunto.

Cabendo-nos a nós, com alguns poucos, mas bons apoios exteriores (incluindo a nossa experiência profissional, como recurso de fundo), para dar continuidade e conteúdos históricos - vindos da História do Cristianismo - na situação de desorientação geral que então ficou criada!  

Enfim, dar conteúdo, que como se vê é imenso - é a História dos Estilos Arquitectónicos, e como se operam as sínteses projectuais (na arquitectura) - e que dizemos pode ser:

"...uma resposta monumental que muda a História da Arte!"

 

 

Moral desta história:

 

"Atenção às perguntas postas aos alunos"

 

http://primaluce.blogs.sapo.pt/

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13.10.12
 É natural, supomos, que quem domina a Geometria possa ir mais longe nas leituras que faz das formas arquitectónicas, e o seu desenho?

Em posts anteriores mostrámos Ovais que são figuras resultantes de concordâncias geométricas. Figuras cujo desenho exige rigor matemático, para que as curvas (ou arcos), nos pontos de concordância tenham os respectivos centros alinhados: i. e., pertencentes à mesma linha recta.

Já mostrámos, várias vezes como dois círculos secantes, geraram o Arco Quebrado, de acordo com uma determinada asserção teológica.

Mas sabemos que muitas outras figuras, simples e compostas originaram outras «fórmulas» que também aludiam à Trindade Cristã. A mais comum é o Triângulo, geralmente Equilátero, mas também o «Y» como já explicámos no trabalho dedicado a Monserrate*. 

 

A figura acima - uma oval - originou um Arco que também foi significante.

Por vezes é chamado Arco Abatido, ou até arco em Asa de Cesto, mas o importante é ser constituído por 3 Arcos (de círculo).

 

 
Enfim, vantagens de ser Geómetra!
De ter "...réguas e compassos nos olhos...", dizia Miguel Ângelo.
~~~~~~~~~~~~~~~
* Sobre o «Y» para representar Deus, Cristo e a Trindade, ler: "...ou até por um “Y” - que traduziria “mais rigorosamente”, como lemos na expressão “structure géométrique rigoureuse" - a posição relativa das três Pessoas (ou Hypostases na palavra grega)...", in Monserrate, uma nova história, op. cit., p. 38.
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12.10.12

 

Como se refere nas legendas das figuras é preciso comparar as imagens de hoje com as dos posts anteriores. No caso da fig.5 a oval está a azul e é parcial (metade da forma).

Para maior definição clicar sobre a imagem e ampliar. Ver também:
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11.10.12

 As imagens que hoje se apresentam devem ser comparadas com as de ontem e com as que publicamos amanhã:

 
 Na figura 4 está também sobreposta a elipse da fig.2; foi a partir da oval (tom rosado) que se obteve a dim. 81mm, aplicada posteriormente ao desenho da Elipse da fig.3
Para maior definição clicar sobre a imagem e ampliar
Ver também:
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10.10.12

Considerando que as figuras referidas no título são insuficientemente conhecidas vamos apresentá-las.

No entanto as informações que podemos dar serão sempre poucas, para quem quiser aprender a diferenciá-las.

Como poderão notar em próximos posts, nalguns casos as diferenças são muito pequenas, podendo ser necessário o levantamento desenhado das figuras, para se poder ter a certeza de que figuras geométricas se tratam.

 
Para maior definição clicar sobre a imagem e ampliar
Ver também:
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Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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