Muitas imagens da arquitectura foram «iconoteologia». Many images of ancient and traditional architecture were «iconotheological». This blog is to explain its origin.
22.8.12

Em Portugal a maioria (dos que estão nas áreas da História da Arquitectura, Património, Historiografia da Arte, Estilos...etc.) provavelmente não terá ouvido falar em Vãos Bífores? 

Os nossos sentimentos, sinto muito! (por esses...)

Se lerem e estudarem por bibliografia recente e (ou) de qualidade, hão-de encontrá-los. Pois não se trata de uma invenção nossa, nem criámos hipóteses ou teorias, a partir do nada...

Já escrevemos várias vezes sobre a questão, e em Monserrate, uma nova história, foram mencionados: a partir das "bifora windows" de Nicolaus Pevsner. 

 

Como já apresentado* a intersecção de círculos que é a Ogiva - na sua origem - foi posterior aos Vãos Bífores.

E o que mostra o portal da Igreja da Conceição Velha (do post de ontem) é exactamente esse passo: o da passagem do Vão Bífore à Ogiva.  Isso está impresso (plasmado ou registado, como queiram?) nesse portal.

Se na parte superior (do referido portal) se lêem os prolongamentos que são habituais em alguns vãos bífores**; em baixo, ou no tramo localizado entre as duas portas - aquilo que em França se designa "trumeau", e por cá é muitas vezes parte-luz e mainel - aí está o cruzamento de um feixe de arcos, entrelaçados.

Lembram um trabalho de vime ou vergas (?) entrelaçadas. Mas também criam, significativamente, uma mini-ogiva. Pouco pronunciada, pouco profunda: é apenas um esboço, muito súbtil. Para ser lida (percebida e sentida) pelos mais curiosos e sensíveis.  

Aquilo a que se chama Obra de Arte é isto: são imagens, no plano ou tridimensionais, para quem sabe ler e ver

*Post de:

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/13975.html

** Ver em:

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/23630.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/23890.html

http://ruinarte.blogspot.pt/ 

http://primaluce.blogs.sapo.pt/

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21.8.12

No post anterior escrevemos (e sublinhámos): "Em suma, sem o sabermos constituímos um Corpus informativo, que é nosso, e que os outros dificilmente conseguem captar."

Adiantando seguidamente: "Aliás - é importante acrescentar: é mais fácil a um Engenheiro (de Estruturas, ou um qualquer outro...) compreender as nossas informações, do que um Historiador da Arte!"

Definitivamente este é um tema de fronteira, que exige de nós esforços, ou o nosso melhor, não chegando a um orientador dizer:

"É um tema de Geómetras... há que formar um Corpus, criar uma metodologia específica da «Narratividade Visual»...!"

Os arquitectos debatem-se - permanentemente, e estão treinados para isso - com a criatividade; com a junção de diferentes saberes, e com o que aparentemente é desconhecido!

Sobrevivem: sem dramas ou pieguices!*

Não clamando por novas metodologias, cada vez que algo de novo surge.

A sua metodologia - a própria criatividade - é uma adaptação permanente, e a «acomodação formal» do novo!

 

 

Sobre esta imagem, e o que nos diz sobre a Ogiva, fica para amanhã...

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*Sublinhe-se e que se destaque! Não vamos tirar um novo curso, sempre que há inovações! Mas claro que se chama um especialista, com quem teremos que saber dialogar...

Ver sempre

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20.8.12

De facto, é possível que alguns digam que o "tudo sobre a Ogiva", não lhes chega!

Pois! Esse tem sido um dos nossos maiores problemas: quem sabe bastante de História da Arte; Professores que têm explicações para os mais pequenos detalhes - incluindo imensas explicações sobre a Arquitectura... - dirão que as nossas informações são parcas. Mas aqui recordo-me de Luís Esteves Casimiro, o investigador de Iconografia da FL-UP que recebeu um Prémio do Vaticano, pela sua tese de doutoramento*.

Na verdade, não é numa simples tese - doutoramento, mestrado, seja o que for? - que alguém inclui informações que tem, desenvolveu especialmente, e domina praticamente a partir da infância. Por razões da nossa vida, brincámos muitas horas com compassos, e desenhámos sobre malhas:

Em suma, sem o sabermos constituímos um Corpus informativo, que é nosso, e que os outros dificilmente conseguem captar.

Aliás - é importante acrescentar - é mais fácil a um Engenheiro (de Estruturas, ou um qualquer outro...) compreender as nossas informações do que um Historiador da Arte!

 

Note-se que foi desta imagem, como está explicado/a em Monserrate uma nova história, que em 2002 retirámos as primeiras informações de um assunto que parece inesgotável 

~~~~~~~~~~~~

*Recordo o que me escreveu sobre a sua transversalidade. Consegue-se colocar, em pouco tempo, e com poucas palavras, na cabeça de um Historiador da Arte, o muito que não sabe das áreas de Ciências? Incluindo: Matemática, Geometria, Desenho, Estática

Ver em http://primaluce.blogs.sapo.pt/44460.html     

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19.8.12

Dando seguimento ao post anterior, lembra-se que não há apenas a Geometria no Plano, mas também a Geometria Tridimensional 

 

como aqui mostra a imagem (há muito apresentada).

Não deixando de nos espantar a rapidez com que se atribuíram propriedades de resistência - muito específicas - à Ogiva. Sem se questionarem, ou percorrerem, no contexto linguístico-polissémico em que surgiu, as possíveis motivações para o seu desenho e utilização? 

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18.8.12

Lembramos que quem sabe Geometria percebe o que é uma Ogiva. Ou pelo menos, aquilo que foi inicialmente:

Concretamente uma intersecção de dois círculos.

 
No caso acima estão quatro, como no túmulo de Egas Moniz estão muitos mais, pois a partir dos dois primeiros criou-se um padrão (decorativo e também «falante»)

Revejam posts anteriores - como os que seleccionámos rapidamente - onde já se tratou da intersecção de círculos: 

http://primaluce.blogs.sapo.pt/68031.html

http://primaluce.blogs.sapo.pt/16539.html

http://primaluce.blogs.sapo.pt/29383.html

Ver também:

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17.8.12

... ninguém avisou ninguém que o mundo ia mudar. É normal, e aconteceu como agora está a acontecer!

Isto é, as pequenas alterações que vinham a acontecer, lentamente, um dia, aparentemente tudo se conjugou, produzindo uma enorme mudança, que se tornou visível e notória.

Leiam em Monserrate, uma nova história, o que reunimos sobre o Aqueduto das Águas Livres (Lisboa).

Note-se que não consideramos que a opção pelo Arco Quebrado tenha sido estrutural (pelo menos apenas estrutural). Por isso alguns dos seus anacronismos, e a analogia que se estabeleceu com uma ponte metálica - a primeira a existir em ferro - construída em Inglaterra, sobre o Rio Severn, ainda no século XVIII.

 

Depois dessa, muitas outras se seguiram. Algumas ainda em pedra, indo buscar o arco quebrado usado em Lisboa (aqui por razões que dizemos terem sido predominantemente linguístico-simbólicas).

Mas muitas pontes passaram a ser metálicas, e neste caso raramente se voltou a usar o Arco Quebrado ou a Ogiva.

Em Lisboa, no fim do século XX, na Estação do Oriente, por razões que Santiago Calatrava saberá (melhor que ninguém?) voltou a empregar-se a Ogiva.

Assunto para o próx. post   

A imagem acima da Revista Illustrada o Occidente, foi processada, razão porque lembra uma cópia ozalid

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16.8.12

Ter um país (ou no passado as nações) relativamente unido em termos de objectivos comuns, é algo que os chefes e os governantes sempre desejaram.

A História mostra-o nos mais variados casos, e aqui queremos lembrar as posições do Imperador Constantino o Grande, que por isso protegeu e interferiu na organização da Igreja, desde os primeiros anos da sua governação (séc. IV). Chegando mesmo a tentar anular e apaziguar as concepções diferentes que os partidários de Ário levantaram (no I Conc. Ecuménico, Niceia 325), criando uma tradição. 

Num tempo como este que vivemos, tentar ter condições de bem-estar para a maioria das pessoas, é extremamente difícil; como também seria dificílimo conseguir ter todos unidos em torno dos mesmos ideais, religião, ou até de certos conceitos culturais.

No entanto há mínimos comuns que se tentam obter, razão porque se assiste ao reconhecimento do valor do Património Arquitectónico enquanto conceito cultural - e por vezes até mesmo afectivo-emocional (quase inconsciente?) - mas capaz de agregar um grande número de pessoas em torno da sua salvaguarda, conservação e manutenção.

Vejam no post de ontem http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/37060.html a opção da CM Porto relativamente a esta ideia

 

E será que todos sentimos - ou gostamos de igual modo? - da porção de fachada com vãos Gothic Revival. Sendo alfacinhas, por bairrismo, nunca pouparíamos a fabulosa fachada, tripeira, da Foz Velha (um dia acrescentada como andar recuado?)

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15.8.12

Escrevemo-lo no post de ontem, porque em tudo, a adesão daqueles a quem se dirigem os trabalhos - que são para as pessoas, para que não se percam as suas memórias que muitas vezes têm um carácter afectivo; em tudo, repete-se, interessa envolver os principais interessados: os esforços dos Edis, e da Edilidade são para a cidade e para seus habitantes.

Mas, reparem, como no conjunto de actividades há detalhes que contam. Concretamente a designação do Pelouro da Câmara Municipal que leva a cabo a iniciativa:  

 
Com a escolha da designação "Conhecimento e Coesão Social" essa Câmara está mais frente que algumas instituições de Ensino Superior, e até do que a mentalidade geral. De um país que ainda não entendeu a necessidade de apostar nessa Coesão, e como pode fazê-lo através da Cultura e do Conhecimento.
É um assunto ainda "não inscrito" que nos lembra o que ouvimos a Catherine Clément há anos, sobre a vontade (e a quase necessidade) de criação do Musée des Arts Premiers* 
~~~~~~~~~~~~~~

*"Le musée du quai Branly ou musée des arts et civilisations d'Afrique, d'Asie, d'Océanie et des Amériques (civilisations non occidentales)..."

http://fr.wikipedia.org/wiki/Mus%C3%A9e_des_art_premier

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14.8.12

Hoje, com a imagem da contracapa do mesmo folheto - onde estão os contactos e a fotografia do Palacete dos  Viscondes de Balsemão, sede do Banco de Materiais. Depois acrescentamos fotografias nossas.

 

Do interior do espaço com alguns materiais em depósito, como numa das Estantes em que se destacam, em primeiro plano, vários exemplos de telhas vidradas e coloridas

  

 

Ou com exemplares de azulejos que predominam nas fachadas da Cidade.

 

E lá ao fundo, vê-se o recorte de uma rosácea de ferro fundido, neogótica. 

Se esta não é uma ideia exemplar, óptima, talvez para replicar noutras cidades... Então que nos digam, em termos de Património, e sua salvaguarda (envolvendo as populações de forma activa), o que são Boas Ideias?   

Resta acrescentar, que nos casos apresentados hoje, em geral não há exemplos de Iconoteologia. Como se vê nas telhas pintadas, são motivos retirados da natureza, e facilmente identificados. 

Ver também:

http://primaluce.blogs.sapo.pt/ 

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13.8.12

Que a Teologia desenhou inúmeras formas da Arquitectura é um dado adquirido (como ficou no post de ontem, na bibliografia e em vários outros escritos).

Por isso usamos a palavra Iconoteologia, designação deste blog.

Que é impossível desligar essa questão da Teoria das Ideias (e das Formas) de Platão, é outro conhecimento relevante, mostrando como Teologia e Filosofia estiveram e estão relacionadas. 

Mas hoje queremos deixar aqui ideias muito mais pequeninas, quase «comezinhas» e «terra-a-terra», face a temas que são muito maiores. 

Já as tinhamos referido em: http://primaluce.blogs.sapo.pt/110968.html.

Trata-se do Banco de Materiais que a Câmara Municipal do Porto, em boa hora entendeu criar. 

 

 

Agora fica a capa de um folheto com várias informações, e, proximamente, aqui e em http://primaluce.blogs.sapo.pt, vamos continuar a tratar da importância desta ideia.

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Primaluce: Uma Nova História da Arquitectura
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