Quando há dias se referiram os desenhos das saias típicas da Nazaré*, procurámos ilustrar o assunto mas não re-encontrámos alguns materiais que já conhecemos.
No nosso trabalho dedicado a Monserrate está lá a expressão «indumentária visual», que se percebe esteve na arquitectura, mas também em muito mais Artes.
Referimo-nos à Iconografia da Arquitectura, que nasceu «iconoteologicamente» (se o advérbio se pode usar?), e passou aos trajes de reis, princípes e nobres; e depois ainda aos trajes do povo. Passou também ao mobiliário e à decoração, que tinham propósitos linguísticos de sinalização, como é uma constante na Arte Religiosa, que se estendeu às mais variadas áreas e actividades**.
Tudo isto é agora considerado matéria da Antropologia, sendo analisada sob diferentes perspectivas: no caso seguinte pelos especialistas da Cerâmica.
Enfim, os arcos, círculos, ou anéis que traduziram uma certa ideia da Trindade Cristã, chegaram aos «investigadores ceramistas» através do vestuário tradicional, e não da Arquitectura. Onde persistiram até ao século XIX-XX, e estão muito visíveis.
Ver imagem e informações recolhidas no Catálogo da Colecção António Capucho, Palácio do Correio Velho, Maio 2009.
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* Ver em http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/32238.html
**Como ontem referido, não havia as compartimentações e especializações da actualidade.