O nosso método de compreensão das imagens e a possível descoberta de relações, parecenças ou a possibilidade de geometricamente alguns desenhos terem a mesma raiz, está mais ou menos presente na sequência dos quatro últimos posts. Ver e comparar.
Embora haja casos em que temos ido muito mais longe, ao «construir desenhos» com relações que antes não tínhamos visto, e que depois de desenhadas percebe-se como na prática funcionou: dando forma, não apenas a detalhes decorativos, mas à Planta Geral do Espaço, aos Alçados, ou até ao que está em Corte.
Aliás, é a estes níveis que a questão se torna mais abstracta - não para arquitectos, mas para Historiadores de Arte - que, ao sentirem-se «a perder o pé» (só pode ser? - como se tivessem que ter a única e a última palavra!), trocam as voltas ao tema, e nosso caso chamam-nos Geómetras*.
Esquecem-se que todos somos um pouco historiadores, topógrafos, sociólogos, engenheiros, dactilógrafos, etc...!
Muitas profissões são plurais, só o Ensino Superior de hoje compartimentou tudo, vendo apenas unicidade e monotematismos, no que sempre foi rico e plural**!
Hoje sabemos que os quadrados que estão no desenho acima (a azul), serão porventura os mesmos que estão numa das saias - com a barra aos quadrados - do traje típico das Mulheres da Nazaré.
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*É difícil não sentir a dificuldade de alguns Professores Doutores, que, nas Universidades ao terem que avalizar os conhecimentos dos seus doutorandos (que podem ser arquitectos), se sintam totalmente ultrapassados. E em vez de apoiarem a compreensão da riqueza, muito plural, das obras, insistem em perspectivas limitadas, e não plurais!
**Pluralidade que está na base da «Polissemia Medieval», ou, como quem diz, de toda a Arte do Ocidente (não só visual também Retórica, Literatura), já que esta característica específica só caiu em desuso perto do século XVIII.
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